Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MENDES, Krisley |
Orientador(a): |
HIDALGO, Álvaro Barrantes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Economia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17944
|
Resumo: |
O objetivo desta tese é identificar no Brasil a heterogeneidade do perfil de comércio exterior quando avaliado em níveis menores de agregação geográfica e de seus efeitos sobre os salários e prêmios por qualificação, determinando as diferentes zonas de especialização no sentido de Venables e Limão (2002) e avaliando os fatores de atração e resistência ao comércio. O estudo leva em conta a posição geográfica com dados no nível de municípios, para determinar os diferentes padrões de inserção regional ao comércio exterior – isto porque, se as diferentes regiões não são igualmente ligadas ao comércio exterior, os efeitos do comércio podem ser regionalmente heterogêneos. A tese se compõe de três ensaios. No primeiro, são analisados as características e o comportamento do volume de comércio internacional praticado nos estados e municípios brasileiros em 2000 e 2010, de modo a avaliar a heterogeneidade presente no perfil de comércio. A estratégia empírica consistiu no cálculo de indicadores de comércio exterior. Os resultados confirmam que quando se analisam níveis menores de agregação geográfica as especificidades regionais se revelam, diferindo significativamente dos resultados nacionais. Isso permite inferir que os efeitos do comércio podem não ser igualmente distribuídos. No segundo ensaio, é analisada a relação entre salários e comércio exterior, a fim de determinar zonas de especialização. O modelo teórico provém de Venables e Limão (2002) e a estratégia empírica é tomada de Chiquiar (2008). A análise econométrica é realizada pelo método dos mínimos quadrados generalizados factíveis (MQGF), com a avaliação de viés de variáveis omitidas proposta por Oster (2014) e descontando-se os determinantes individuais dos salários. Os resultados confirmam a existência de respostas heterogêneas dos salários e prêmios por qualificação a variações no comércio exterior, a depender da posição geográfica. Estes resultados permitiram identificar zonas de especialização. As zonas mais abertas ao comércio exterior nas quais se podem identificar respostas Stolper–Samuelson agregam principalmente mesorregiões no Sul e algumas no Sudeste, enquanto as zonas mais fechadas a esse comércio concentram-se no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde a exposição ao comércio parece intensificar as desigualdades salariais interqualificações. No terceiro ensaio, buscou-se compreender os determinantes dos fluxos de comércio internacional a fim de examinar o efeito da integração e as resistências estruturais dadas pelos custos de comércio. Esta análise foi realizada para o Brasil e suas macrorregiões, com dados no nível municipal. O trabalho utiliza o chamado modelo gravitacional como estratégia empírica, sendo testadas oito de suas versões. O modelo regredido com variáveis instrumentais se mostrou consistente em relação ao modelo por MQO pelo teste de Hausmann. Os resultados mostram que o fluxo de comércio apresenta alta resistência em relação à distância e é dirigido mais ao Mercosul que ao resto do mundo. A evolução no decênio mostra que a resistência do fluxo de comércio à distância foi reduzida e a dependência da destinação ao Mercosul também se reduziu. Na análise por macrorregiões, as regressões sugerem que nas regiões Centro-Oeste e Nordeste os fatores de atração aumentaram e os fatores de resistência se reduziram, enquanto Sudeste e Sul desaceleraram sua sensibilidade à exposição ao comércio. Já o Norte permaneceu relativamente estável, tanto em relação a fatores de estímulo quanto a fatores de resistência. |