Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Lima Diniz Basílio, Irigrácin |
Orientador(a): |
Lúcia Coutinho Domingues, Ana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1279
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Resumo: |
A esquistossomose mansônica (EM) é uma das doenças infecto-parasitárias mais prevalentes no mundo, tanto pelo caráter crônico como por constituir um importante problema de saúde pública. No Brasil, representa a principal causa de hipertensão portal e insere o estado de Pernambuco como um dos estados de maior ocorrência, atingindo uma alta morbimortalidade. A implantação do Programa Especial de Controle da Esquistossomose (PECE), em 1976, foi relevante na redução da prevalência da infecção e da frequência da forma hepatoesplênica, promovendo um deslocamento da faixa etária, acometendo mais os idosos. A forma hepatoesplênica é considerada como indicador de gravidade da doença caracterizada por alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas específicas. Os métodos de imagem são usados com precisão para o diagnóstico das alterações hepáticas, permitindo estadiar a doença. Dois trabalhos foram realizados com a abordagem principal da doença em uma faixa etária pouco comum em nosso meio: os idosos. O propósito dos estudos compreendia a análise dos pacientes com idade acima de 60 anos quanto ao aspecto clínico, laboratorial, ultrasonográfico e endoscópico. Nos dois estudos, todos os pacientes portadores da forma hepatoesplênica, de ambos os gêneros e com idade acima de 60 anos foram incluídos quando atendidos no período de fevereiro a setembro de 2008. Os pacientes foram submetidos à entrevista e exames hematológicos, ultrasonográficos e endoscópicos após consentimento livre esclarecido. No primeiro estudo, foram avaliados 91 pacientes atendidos no ambulatório especializado de esquistossomose do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) no período de fevereiro a setembro de 2008. Comprovou-se uma ocorrência de 15,9% de pacientes com forma hepatoesplênica acima de 60 anos (91/571 pacientes). Houve predominância da faixa etária de 60 a 70 anos (71,5%/65 pacientes) e do sexo feminino (67%/61 pacientes). A maioria apresentava a forma hepatoesplênica compensada e tinha história de tratamento prévio para esquistossomose. Sessenta e quatro pacientes tiveram o último contato com o rio há mais de 10 anos e mais de 50% tiveram episódio de hemorragia digestiva alta. No segundo estudo, 78 pacientes foram incluídos e estes foram distribuídos em dois grupos A e B, representados respectivamente por 31 pacientes esplenectomizados e 47 não esplenectomizados. A média de idade foi de 67,15 anos com predominância da faixa etária entre 60 a 70 anos (75,6%) e do sexo feminino 69,2% (54/78 pacientes). Anemia severa e plaquetopenia predominaram nos pacientes do grupo B, porém não houve diferença entre os grupos quanto às alterações bioquímicas, mostrando que a esplenectomia não alterou ao longo do tempo o estado funcional do fígado. A maioria apresentavam fibrose grau II e padrão E na ultrassonografia e varizes esofagianas de fino calibre e sem gastropatia da hipertensão portal. Apesar da baixa gravidade observada quanto aos aspectos ultrasonográficos e endoscópicos, os estudos demonstraram haver uma grande morbidade nesta faixa etária, sobretudo quando 42,8% apresentavam hemorragia digestiva alta na primeira consulta e 30,7% relataram não ter realizado tratamento específico o qual pode concretizar uma falha nos serviços de controle da esquistossomose mansônica |