Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Leite, Luiz Arthur Calheiros |
Orientador(a): |
Menezes, Vera Lúcia de,
Domingues, Ana Lúcia Coutinho,
Pessoa, Edmundo Lopes de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12125
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Resumo: |
A esquistossomose hepatoesplênica (HE) é a forma mais grave desta doença, sendo caracterizada por fibrose periportal (FPP), hipertensão portal, esplenomegalia e citopenias. Pacientes com esquistossomose na forma HE podem apresentar disfunções hemostáticas que predispõem a tromboses e hemorragias. Este estudo teve como objetivo avaliar as alterações hepáticas e da coagulação em 55 pacientes com esquistossomose na forma HE, 45 esplenectomizados, 30 pacientes com DHCM, bem como em 30 indivíduos normais acompanhados no Serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. As provas de função hepática [aminotransferases (AST e ALT), fosfatase alcalina (FA), gama-glutamil transferase (γ-GT), albumina, bilirrubinas totais e frações] foram determinadas por métodos cinéticos, e os testes de coagulação, tempo de protrombina (INR), tempo de tromboplastina parcial (PTT), fatores da coagulação (II, VII, VIII, IX, X), proteína C, antitrombina IIa e D-dímero foram mensurados por método cromogênico. Os ensaios fibrinolíticos [ativador do plasminogênio tissular (t-PA), inibidor-1 do ativador de plasminogênio 1 (PAI-1)] foram realizados por ELISA. Os resultados mostraram que os pacientes com a forma HE exibiram níveis mais elevados de AST, ALT, γ-GT, FA, INR, PTT, fibrinogênio, D-dímero e diminuição da albumina, fatores VII, IX, X e proteína C, quando comparados com os indivíduos controles (p<0,0001). Em relação aos diferentes grupos com padrões de fibrose, verificou-se apenas que a concentração da proteína C apresentou diferença entre os padrões D e E+F (p = 0,01). Os pacientes esplenectomizados exibiram níveis menores de FA (p=0,03), maiores de bilirrubinas (p=0,04) e albumina (p=0,02), além de diminuição do INR, PTT, fatores VII, IX, X e proteína C quando comparados com os pacientes HE, (p<0,001). Estes achados evidenciam que as disfunções hemostáticas estão relacionadas com a fibrose periportal avançada, hipertensão portal, e que a proteína C é capaz de estratificar os diferentes padrões de fibrose. A esplenectomia, além de reduzir a pressão portal por diminuir o fluxo na veia porta, também promoveu melhora no status funcional hepático e hemostático dos pacientes com esquistossomose mansônica. |