Estudo comparativo do uso de curativo de celulose bacteriana em áreas doadoras de enxertos cutâneos em pacientes queimados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MAGALHÃES, Eduardo de Oliveira
Orientador(a): PINTO, Flávia Cristina Morone
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44952
Resumo: A queimadura ocupa lugar de destaque no capítulo das lesões traumáticas, o variado número de agentes etiológicos, incidência elevada, distribuição universal e a morbimortalidade, exige um tratamento imediato e especializado, com especial atenção à pele, e um penoso período de recuperação física, mental e funcional. Um curativo temporário ideal deve ajudar no processo de cicatrização e possuir características que promova seu uso de forma ampla e com baixo custo. O estudo se propõe a comparar o uso da celulose bacteriana (CB) com o curativo padrão nas áreas doadoras de autoenxerto cutâneo de pacientes vítimas de queimaduras. No período de agosto de 2017 a janeiro de 2018, vinte pacientes submetidos a enxerto cutâneo para tratamento de queimaduras receberam aleatoriamente 2 (dois) tipos de curativo nas áreas doadoras, metade (10), cuja idade média foi de 43,9 anos, o curativo de CB e os outros 50%, com idade média de 30,4 anos, fizeram parte do grupo controle e receberam o curativo convencional do tipo Rayon. Foram comparados os parâmetros: tempo de epitelização, principais queixas ou complicações e o aspecto final da cicatrização em ambos os grupos. Foi observada uma tendência de diminuição do tempo de epitelização no grupo BC (15,8 dias) em comparação ao grupo controle (19,4 dias), sem diferença estatística (p = 0,08). Também não houve diferença significativa nas queixas no pós-operatório imediato, com todas as cicatrizes fechadas num período médio de 17,6 dias. O curativo de CB mostrou-se de fácil aplicação, com boa adesão ao leito da ferida, bem tolerado pelo paciente e desprendendo-se sozinho após a reepitelização da ferida. O uso do curativo de celulose bacteriana mostrou-se um produto promissor para o uso em áreas doadoras de autoenxertos cutâneos.