Gravidez não pretendida e sua associação com depressão pós-parto entre mulheres atendidas no pré-natal pela estratégia de saúde da família no Recife-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BRITO, Cynthia Nunes de Oliveira
Orientador(a): LUDERMIR, Ana Bernarda, ALVES, Sandra Valongueiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13226
Resumo: A gravidez não pretendida é um tema de grande importância para a saúde pública, e embora venha recebendo cada vez mais atenção por parte dos pesquisadores, pouco se sabe sobre seus determinantes e fatores associados, entre eles, a depressão pós-parto. Este é um estudo de coorte prospectivo realizado de julho de 2005 a dezembro de 2006, que teve por objetivo analisar a associação entre gravidez não pretendida e depressão pós-parto entre mulheres cadastradas no pré-natal da Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário II na cidade do Recife. Foram entrevistadas durante a gestação e o puerpério 1.056 mulheres. A análise dos dados foi feita por meio da regressão logística, incluindo-se no modelo variáveis associadas à exposição e ao desfecho de acordo com a literatura. A prevalência estimada de depressão pós-parto foi de 25,9%, e a frequência estimada de gravidez não pretendida, 60,2%. Observou-se associação entre ambas (OR=1,74 IC 95%: 1,30 – 2,34), que se manteve após ajuste para variáveis potencialmente confundidoras (escore no SRQ-20, comportamento controlador do parceiro, apoio social e paridade), embora com menor magnitude (OR=1,42 IC 95%: 1,03-1,97). Retirando-se do modelo a variável “escore no SRQ-20”, observou-se uma razão de chances maior, que permaneceu significativa (OR=1,48 IC 95%: 1,09-2,01). É possível que escores elevados nessa escala durante a gestação sejam resultado de uma gravidez não pretendida, e a sua inclusão no modelo tenha subestimado a associação.