Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Brunner, Maria Alice Cortez |
Orientador(a): |
Dias, Marcos Augusto Bastos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8140
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Resumo: |
A depressão pós-parto (DPP) é uma das principais complicações do puerpério e representa um importante problema de Saúde Pública. Estimativas gerais sobre a magnitude da DPP sugerem uma prevalência entre 10 e 15%. Porém, essa parece ser a realidade de países desenvolvidos, e, em condições menos favoráveis, esses números podem ser significativamente maiores. No que tange às suas consequências, a DPP traz prejuízo não só para a mãe, mas também para o desenvolvimento cognitivo e emocional dos seus filhos, assim como para a relação com seu marido e familiares. O objetivo desse estudo foi estimar a prevalência da DPP nas mulheres cujo parto ocorreu no Instituto Fernandes Figueira – FIOCRUZ. Entre fevereiro e julho de 2011, 456 puérperas foram entrevistadas por volta de 6 a 8 semanas pós-parto durante sua consulta no Ambulatório de Pós-Natal. Dentre essas, 65% (n=336-IC95% 71,4-79,4) compareceram à primeira data marcada para sua consulta, 18% (n=94-IC95% 12,6-19,3) foram entrevistadas após busca ativa e novo agendamento de consulta, e 5% (n=26-IC95% 3,3-7,5) foram entrevistadas por telefone. A DPP foi investigada através da Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS), sendo consideradas deprimidas aquelas que apresentaram escores maiores que onze. As informações sobre o histórico obstétrico e desfechos perinatais como anomalias congênitas, parto prematuro, crescimento intrauterino restrito e mortalidade perinatal foram pesquisadas no prontuário materno, enquanto as características socioeconômicas e demográficas foram avaliadas através de perguntas pré-codificadas. Ainda, instrumentos específicos foram utilizados para investigar antecedentes de abuso sexual, violência entre parceiros íntimos e abuso de álcool e drogas pelo casal. A prevalência geral da DPP nessa pesquisa foi de 24,8%. Contudo, a prevalência da DPP foi significativamente mais alta em alguns subgrupos, especialmente puérperas que compareceram ao Ambulatório de Pós-Natal após busca ativa e remarcação da sua consulta, aquelas com nenhum filho vivo ou com três ou mais filhos, mulheres com filhos apresentando anomalias congênitas na gestação índice, fumantes, na presença de consumo excessivo de álcool pelo casal, puérperas com antecedente de abuso sexual e aquelas vítimas de violência psicológica ou física pelos parceiros íntimos durante a gestação. A elevada prevalência da DPP no Ambulatório de Pós-natal do IFF detectada neste estudo mostra a importância do seu rastreio rotineiro na consulta pós-parto, principalmente nos subgrupos onde foi encontrado maior risco.Esse estudo destaca a importância da busca ativa das puérperas que faltam à consulta pós-natal, pois essas estão mais propensas a apresentarem o agravo. Uma rotina assistencial integrada e multidisciplinar à saúde materno-infantil ao longo do ciclo grávido –puerperal, favorecendo ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. deve contemplar a saúde mental da mulher. |