Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
QUEIROZ, Tainah de Souza Costa |
Orientador(a): |
BUENO, José Maurício Haas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40757
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Resumo: |
É crescente a preocupação sobre a alta incidência de problemas de adaptação e adoecimento mental no ensino superior. Nesse sentido, estudos tem destacado a importância da Inteligência Emocional (IE) no contexto universitário, uma vez que ter essas habilidades está associado a uma maior adaptação social e emocional. Entende-se por inteligência emocional a capacidade de processar informações emocionais a partir do desenvolvimento de habilidades cognitivas como percepção de emoções, uso de emoções para facilitar o pensamento, conhecimento das emoções e regulação emocional. Apesar desses dados, a literatura científica brasileira é carente de estudos sobre intervenções que promovam a aprendizagem de habilidades que favoreçam o desenvolvimento emocional, especialmente para estudantes universitários. Essas habilidades têm sido estudadas sobre a denominação de habilidades socioemocionais, que se referem à competência de processar e integrar pensamento, emoção e comportamento para tornar o individuo mais consciente, tomar decisões responsáveis e gerir seus comportamentos interpessoais. Dentre os programas desenvolvidos para promover essas habilidades durante a infância e a adolescência, a abordagem RULER, que é baseada na Teoria de inteligência emocional, tem se destacado por apresentar evidências científicas quanto ao desenvolvimento da IE, melhora do desempenho acadêmico e interpessoal, além da diminuição de comportamentos de riscos e problemas de conduta. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo, com base na abordagem RULER, adaptar um programa de habilidades socioemocionais para o desenvolvimento da inteligência emocional em estudantes universitários e avaliar a percepção dos participantes quanto aos aspectos positivos, negativos e suas sugestões para melhoria do programa. Participaram da pesquisa nove (N=9) estudantes de medicina, sendo quatro (N=4) do sexo masculino e cinco (N=5) do sexo feminino, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os participantes tinham idade entre 19 e 33 anos e cursavam entre o 3° e 10° período. Para a investigação da percepção dos participantes em relação ao programa, foi realizado uma análise de Classificação Hierárquica Descendente (CHD) do corpus textual construído a partir de uma Ficha de avaliação semi-estruturada respondida anonimamente pelos participantes após o programa. Como resultado do corpus textual denominado “Avaliação do Programa” foi gerado uma estrutura com duas dimensões: Aprendizado emocional – conteúdo e Aprendizado experiencial – formato, composta por duas e uma classe, respectivamente, que sugerem que o programa promoveu um aprendizado que fomentou e desenvolveu HSEs através do desenvolvimento das habilidades de IE, o que lhes permitiu a possibilidade de aplicar esse aprendizado nas situações cotidianas pessoais e profissionais. Concluiu-se que este trabalho contribui com a apresentação dos primeiros dados sobre a implantação de um programa de habilidades socioemocionais baseado na abordagem RULER em estudantes universitários no Brasil. Os resultados desse estudo poderão ser aplicados no aprimoramento e implementação de programas de habilidades socioemocionais baseados na abordagem RULER para o contexto da educação superior e brasileira e também contribuir como referência para o desenvolvimento de outros programas que visem o desenvolvimento da inteligência emocional no público jovem/adulto. |