Diferentes classes de tamanho das células da comunidade fitoplanctônica ao longo de um gradiente trófico em ecossistema costeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Nayana Buarque Antao da
Orientador(a): CUNHA, Maria da Glória Gonçalves da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24256
Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar a variação quantitativa e o tamanho das células do fitoplâncton em decorrência da ação dos fatores ambientais, no sistema estuarino da Região Metropolitana do Recife (Nordeste do Brasil). As coletas foram executadas na baixa-mar, durante o período chuvoso (março, julho e agosto/2015) e período de estiagem (setembro, novembro e dezembro/2015), em três pontos fixos P1 (plataforma adjacente ao Porto do Recife), P2 (estuário do rio Capibaribe) e P3 (em frente ao Marco Zero do Recife). A temperatura da água foi medida in situ. As amostras para análise dos parâmetros ambientais e biológicos foram coletadas na superfície, com auxílio de garrafa oceanográfica (Kitahara), e acondicionadas em garrafas plásticas (1L), sendo as amostras para análise da densidade fixadas com solução de Lugol (2%). A temperatura, salinidade, fosfato e amônia apresentaram variação sazonal significativa, com valores mais altos durante o período de estiagem. A clorofila a total variou de 4,76 a 79,69 mg.m³ e a clorofila a fracionada de 1,28 a 28,35 mg.m³. A densidade celular variou de 172 x 10³ a 8,1 x 106 cel.L-1. Os maiores valores de densidade e clorofila a foram registrados durante o período de estiagem. A comunidade fitoplanctônica esteve mais bem representada pela fração <20 µm (nanofitoplâncton), com destaque para as cianobacterias, que apresentaram o maior número de células por litro. A biomassa fracionada (pico-nanofitoplâncton) contribuiu com 47% da biomassa total, representando 65% no ponto 1, 55% no ponto 3 e 38% no ponto 2. Thalassiosira sp1, Melosira sp. e Chroococcus sp. foram as espécies dominantes. A maior variação das células ocorreu nas cianobacterias e diatomáceas, que dominaram na área e foram favorecidas pelo aumento de amônia e fosfato durante o período de estiagem. Os altos valores de clorofila a demostraram que o ambiente encontra-se hipereutrofizado em consequência da grande urbanização da área e do lançamento de efluentes domésticos. Assim, pode-se concluir que a salinidade e os nutrientes interferem na quantidade e no tamanho das células da comunidade fitoplanctônica, levando a um selecionamento de espécies e ao domínio da fração <20 µm, e que a dominância da fração >20 µm no ponto de menor infuência marinha (P2) foi atribuída ao fato das células maiores estarem armazenando maior quantidade de clorofila a.