Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Laisa Madureira da |
Orientador(a): |
FEITOSA, Fernando Antônio do Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15293
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Resumo: |
O ecossistema recifal de Tamandaré está localizado no litoral sul de Pernambuco, distando 110 km da capital, Recife, inserida na APA Costa dos Corais, constituindo um dos traços morfológicos mais característicos na plataforma continental interna da região nordeste, denominada de beachrocks. Esse sistema, presente na região costeira é fortemente influenciado por fatores sejam eles naturais (incidência de chuvas, descargas dos rios, ventos, ação de ondas), ou antrópicos (pisoteio, turismo, desagues de efluentes). O objetivo principal da presente pesquisa foi avaliar as condições ambientais da área recifal de Tamandaré, através de algumas variáveis ambientais e da composição da comunidade fitoplanctônica. As amostras de água foram coletadas na superfície, em três pontos fixos, no período chuvoso (junho, julho e agosto/2013) e estiagem (outubro, novembro e dezembro/2013), na baixa-mar e preamar, em maré de sizígia. A maioria dos parâmetros hidrológicos analisados, apresentaram diferença sazonal significativa, devido a interferência da pluma dos rios Una, Ilhetas e Mamucabas que alteram a sua vazão de acordo com a incidência de chuvas, aumentando os teores de clorofila a, nitrito, nitrato, silicato, material particulado em suspensão, taxa de saturação do oxigênio e profundidade, diminuindo a transparência. De acordo com a ACP, a pluviosidade foi a forçante física que mais influenciou as variáveis ambientais, estando diretamente relacionada com clorofila a, MPS, oxigênio dissolvido e nutrientes. A clorofila a variou tanto espacial como sazonalmente, havendo maior concentração no período chuvoso e a fração <20μm (pico e nanofitoplâncton) foi a que mais contribuiu para a referida área. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 148 táxons distribuídos entre as divisões Ochrophyta, com 115 táxons identificados, totalizando 77,70%, Dinophyta, com 26 táxons (17,56%), Cyanobacteria com 5 táxons (3,37%) e Chlorophyta com 2 táxons (1,35%). Não houve espécies dominantes, 21 delas foram classificadas como abundantes (14,18%) e 127 como raras perfazendo (85,81%). Quanto à frequência de ocorrência das espécies, 35 táxons foram classificados como muito frequentes registrando 23,65%, 36 espécies como frequentes (24,32%), 38 como pouco frequentes (25,68%) e 39 esporádicas totalizando 26,35%. A maioria das espécies encontradas na área de estudo foram, ticoplanctônica nerítica com 52 táxons (46,84%), seguidas das planctônica nerítica com 27 espécies (24,32%), planctônica oceânica com 23 táxons (20,72%), estuarinas com 4 espécies (3,60%) e dulcícolas com 4 táxons (3,60%). Prevaleceu uma alta diversidade específica e equitabilidade. Levando-se em consideração o elevado número de táxons, boa distribuição das espécies fitoplanctônicas, baixos teores de sais nutrientes, elevada taxa de saturação do oxigênio e baixa concentração clorofila a pode-se concluir que a área encontra-se isenta do processo de eutrofização. |