Sucessões e coexistências do espaço campinense na sua inserção ao meio técnico-científico-informacional : a feira de Campina Grande na interface desse processo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: COSTA, Antonio Albuquerque da
Orientador(a): BARROS, Nilson Cortez Crocia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6719
Resumo: Este trabalho é uma tentativa de entendimento do espaço urbano de Campina Grande, o qual se insere na emergência de um novo meio, porém guardando heranças dos meios pretéritos. Por se entender que a compreensão dos atuais processos espaciais passa pelo discernimento da cidade em sua historicidade, o ponto de partida deste trabalho foi a possibilidade de inserção do espaço campinense aos meios anteriores, que num primeiro momento se atribui às virtualidades naturais então presentes. Nesta linha de raciocínio, se propõe que a importância e os papéis que Campina Grande foi definindo ao longo do tempo se devem às virtualidades que foram sendo produzidas e incorporadas ao seu território. O objeto central desta pesquisa foi, no entanto, sua Feira, evento que se realiza semanalmente deste os primórdios da ocupação do interior paraibano e cuja história confunde-se com a da própria cidade, passando por momentos de expansão e crises, chegando aos dias atuais sem a importância que teve no passado, embora ainda se apresentando com relativa força, preservando o antigo, ao mesmo tempo, em que acolhe as novidades do presente. A Feira se constitui em uma rugosidade na qual o novo e o velho convivem dando oportunidades aos mais diversos agentes sociais de se reproduzirem, seja nos aspectos econômicos, sociais ou culturais. Porém, dentre a multiplicidade de olhares que podem ser lançados sobre a Feira, optou-se aqui por um enfoque mais econômico, devido ao importante papel desempenhado por este mercado na reprodução cotidiana de significativa parcela da população campinense bem como de suas áreas circunvizinhas. Não se negligencia, porém, seu aspecto cultural pela riqueza, força e vida que tais manifestações dão a este espaço. Tal espaço é campo fértil de criatividade e transgressões na luta diária pela sobrevivência dessas pessoas produtivamente excluídas pelas modernizações do meio técnico-científicoinformacional que impõe aos lugares racionalidades e uniformidades alheias às lógicas e necessidades locais. É por estes aspectos que a Feira é aqui estudada como parte do circuito econômico inferior, que acolhe as camadas pobres nas suas necessidades de trabalho e de consumo, daí sua importância no atual momento em que as tecnologias são poupadoras de mãode- obra e incentivadoras de um crescente consumo descartável