Artes de fazer a feira: práticas e representações de negociação na feira central de Campina Grande (PB).
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1842 |
Resumo: | As práticas dos sujeitos sociais revelam formas particulares de sociabilidade e interação e são constitutivas dos diferentes espaços sociais. Este trabalho toma as práticas cotidianas de negociação entre feirantes e fregueses para evidenciar os aspectos simbólicos (gestos, ações e discursos) das interações sociais e das trocas que se desenvolvem nos múltiplos espaços da Feira Central de Campina Grande. Neste sentido, busca se diferenciar de outros trabalhos que analisam as feiras livres no Nordeste a partir de uma perspectiva predominantemente mercantil, em que as relações econômicas são ressaltadas. A escolha da Feira Central de Campina Grande como lócus da pesquisa para este trabalho justifica-se, em primeiro lugar, pela amplitude de seu significado histórico, econômico e sócio-cultural, não apenas para o município, mas para toda a região do agreste nordestino. Por outro lado, a Feira Central configura-se como um mercado permanente e diversificado, já distante das feiras livres tradicionais, marcado pelas inúmeras contradições resultantes do processo de modernização das redes urbanas nordestinas. A utilização que faço da noção de negociação, inspirada na obra de Goffman e na perspectiva da micro-sociologia, permite que se analise as ações e representações dos atores sociais e os rituais de trocas que desenvolvem em público. Negociar remete à manutenção de um quadro de impressões e informações, coerentes com as intenções e necessárias a um bom ou positivo desfecho da interação. As ações dos sujeitos que "fazem a feira", (atores que participam da construção diária da Feira) tendo seus espaços como palco e cenário para os enredos de negociação, que envolvem trocas simbólicas e mercadológicas, nos permitem compreender a recorrência e/ou manutenção da Feira Central de Campina Grande enquanto lugar de interações sociais, face às especificidades e forças sócio-históricas que clivam seus micro-espaços sem que, no entanto, sejam capazes de desarticulá-los ou desagregá-los. |