Fungos filamentosos em água potável de cisternas da Região Semiárida de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: NATIVIDADE, Carliane Maria do Carmo Lins da
Orientador(a): GUSMÃO, Norma Buarque de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28238
Resumo: A água é um bem inestimável a sobrevivência dos seres vivos, necessitando todas as fases de seu desenvolvimento. Estando presente na maior parte do planeta, contudo as reservas de água doce não suportam o aumento da densidade populacional possuindo assim uma escassez que se espalha pelo mundo. O Brasil possui uma das maiores reservas de água doce do mundo, no entanto não está igualmente distribuída apresentando áreas com baixos índices pluviométricos sem água. Todavia os governantes encontraram uma opção para armazenar água às famílias rurais da região do semiárido brasileiro através das cisternas, uma vez que há baixo índice pluviométrico nessa área. As cisternas armazenam águas provenientes da chuva e garantem a população água no período da seca, contudo essa água não recebe tratamento. Assim necessitando de uma verificação quanto aos parâmetros físico-químicos e microbiológico da água armazenada. Com isso esse estudo teve o objetivo de verificar a qualidade físico-química da água e a presença de fungos filamentosos livres em seis cisternas localizadas em Lajedo do Cedro município de Caruaru – PE, durante 90 dias. Os fungos filamentosos foram quantificados pelo método da membrana filtrante. As membranas provenientes da filtração foram transferidas para o meio de cultura PGRBA acrescido de Cloranfenicol e incubadas a 30°C durante 24-48h. Após o crescimento fúngico, esses foram contados e transferidos para purificação. Quanto à qualidade físico-química foram analisados quatro parâmetros: pH, temperatura, turbidez e oxigênio dissolvido na água. O pH obteve média total dos pontos de coleta de 7,97, a temperatura obteve média de 24°C, a turbidez de 0,81 NUT e o oxigênio dissolvido de 4,8 mg/L, estando esses parâmetros de acordo com Portaria MS nº2.914/2011 do Ministério da Saúde - Brasil. Em todas as amostras de água resultante dos seis pontos de coleta foram encontrados fungos filamentosos, com total da unidade formadora de colônia de 486 UFC/100mL. A cisterna 01 apresentou o menor quantitativo com uma média de 17 UFC/100mL nas quatro coletas. Os gêneros encontrados nas águas armazenadas nas seis coletas foram Aspergillus, Penicillium, Trichoderma e Cladosporium. Concluindo, de acordo com a lei vigente a água armazenada nas cisternas está própria para consumo em relação à análise físico-química. Entretanto mesmo sem a legislação não mesurar o número nem quais fungos filamentos, patogênicos ou não, se faz necessário um tratamento da água armazenada nas cisternas.