Manejo de água de cisterna para a produção de alimentos no semiárido pernambucano
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Tecnologia Rural Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5760 |
Resumo: | O Semiárido brasileiro é caracterizado pela presença do bioma da caatinga, e essencialmente pela ocorrência dos menores índices pluviométricos do país, cujas precipitações médias anuais são inferiores a 800 mm, marcada pela alta variabilidade espacial e temporal das chuvas. Apesar disso, é reconhecido que essa região dispõe de um potencial suficiente para o desenvolvimento e permanência da população no campo. A utilização de tecnologias alternativas de convivência com a seca, tal como o uso de cisternas, pode assegurar à população rural uma alimentação com qualidade e em quantidade, por meio dos manejos sustentáveis da terra e da água. A presente pesquisa teve como objetivos conhecer a situação atual do uso de cisternas do Programa P1+2 e avaliar a produtividade de um pomar e de uma horta, explorados no sistema de agricultura familiar, através do volume de água de uma cisterna do tipo Calçadão, na região semiárida de Pernambuco. A pesquisa foi conduzida em campo com cinco espécies de fruteiras: mangueira, cajueiro, aceroleira, pinheira e laranjeira, com quatro anos de idade, no espaçamento de 5 metros entre plantas e 5 metros entre linhas. O delineamento das culturas em campo foi composto por dois tratamentos, o irrigado com água da cisterna e o não irrigado, com três repetições para o tratamento irrigado e duas repetições para o tratamento não irrigado, sendo uma planta de cada fruteira correspondendo a uma repetição, conforme arranjo [(3x5) + (2X5)] totalizando 25 plantas. Para o dimensionamento da quantidade de água a ser aplicada, foi considerado o volume de água armazenado na cisterna, e o ano dividido em três momentos: período chuvoso, período intermediário e período seco, sendo realizada respectivamente, a aplicação crescente do volume de água, na ordem de 8, 12 e 16 litros de água, três vezes por semana por planta, conforme a duração de cada período. A pesquisa também contemplou dois canteiros, cada um com quatro metros quadrados, cultivados com pimentão, couve folha, rúcula, coentro e alface, sob duas lâminas de água da cisterna: 32 e 16 litros por dia, durante 365 dias. Com vistas a colher dados quanto à umidade do solo, foi monitorado o conteúdo de água no perfil do solo, pelo método indireto, através da Reflectometria no Domínio da Frequência – FDR. Para tal utilizaram-se de tubos de acesso localizados a 40 cm do caule de cada planta do pomar e no centro dos canteiros. Após um ano de observações, constatou-se que os volumes de água aplicados no pomar proporcionaram produções significativas. Para as hortaliças, a melhor relação água/produção foi obtida com 16 litros de água aplicados diariamente. Os resultados obtidos evidenciam que a utilização da cisterna pode garantir um consumo regular de frutas e hortaliças na dieta alimentar das famílias rurais do Semiárido de Pernambuco, contribuindo para a permanência da população no campo. |