Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
RAPOSO, Cecília Coimbra da Silva |
Orientador(a): |
SIMAS, Maria Lúcia de Bustamante |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31748
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Resumo: |
A Esquizofrenia (ESZ) consiste em um transtorno psiquiátrico grave, crônico e incapacitante, pois provoca impactos em várias dimensões da vida do sujeito. Ela se caracteriza por apresentar prejuízos cognitivos, sociais, comportamentais e da sensopercepção. O objetivo desse trabalho foi avaliar a percepção visual e cinestésica de sujeitos com ESZ. A percepção visual de forma e tamanho foi avaliada: (i) pelo teste de pareidolias versão Ipad (20 x 15 cm), composto por 30 estímulos (10 quadros do pintor Salvador Dalí, 10 lâminas do teste de Rorschach e Teste de Organização Perceptual Visual e Apreciação Sonora - TOPVAS); (ii) e a percepção e memória visuoconstrutivas pelo o teste Figuras Complexas de Rey (FCR). A percepção cinestésica foi avaliada pela força de preensão palmar (FP), através de um dinamômetro. No teste de pareidolias, o sujeito foi instruído a marcar as imagens percebidas quando apresentado os estímulos. Os diâmetros das marcações foram medidos pelo AutoCad 2016 e convertidos em grau de ângulo visual pelo Microsoft Office Excell. O FCR aconteceu em dois momentos (cópia e reprodução por memória). Neste, o sujeito foi avaliado a partir da quantidade e precisão dos elementos da figura, bem como o tempo e estratégias cognitivas. A FP foi avaliada em kg/força da mão dominante de acordo com o sexo e idade. 28 sujeitos participaram do estudo: 14 com o diagnóstico de ESZ (GESZ), em regime de internação no Hospital Ulysses Pernambuco (HUP); e 14 sem qualquer doença de natureza neuropsiquiátrica (GC). Todos os participantes apresentaram acuidade visual satisfatória. Os achados indicaram diferença significativa para a percepção visual de tamanho e forma entre Grupos (GC e GESZ),,com F (₁, ₂₆) = 4,9425 e p = 0,035, entre Configurações (Dalí, Rorcharch e TOPVAS) com F (₂, ₅₂) = 3,50 e p = 0,037 e entre Quadros (10 Dalí, 10 Rorcharch e 10 TOPVAS) com F (₉, ₁₀₀) = 4,310 e p = 0,000. A diferença significativa também foi encontrada na FP [F= (₄, ₉₄₂₅) e p = 0,001]. O tratamento estatístico não flagrou diferença significativa para o FCR, porém as médias dos resultados indicaram prejuízo nas habilidades visuoconstrutivas em todas as dimensões avaliadas pelo teste. O estudo de correlação de Spearmen flagrou relação forte e positiva entre os quadros de Dalí e lâminas de Rorschach (p = 0,881) e moderada e positiva entre TOPVAS e Rorschach (p = 0,630). Os resultados indicam que a percepção visual e cinestésica podem ser marcadores importantes na detecção do transtorno e em seus agravos. |