Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Chaves, José Afonso |
Orientador(a): |
Soares, Eliane Veras |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9340
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Resumo: |
O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto é reconhecido como o construtor de uma poesia que se caracteriza pela negação do eu lírico, por primar pela elaboração racional de seus versos e por estabelecer uma adequada relação entre o rigor formal e pressupostos políticoideológicos. Esses atributos podem ser resumidos naquilo que a crítica denominou de antilira cabralina. O presente estudo tem por finalidade problematizar a origem social desse estilo poético. A questão que move a pesquisa é justamente a afirmação de que o estilo antilírico de Cabral parece ser uma criação isolada do poeta, não estando ele, portanto, inserido no contexto sócio-estético pelo qual passavam as manifestações artísticas brasileiras em geral e a literatura em particular, nos decênios de 1940-1950. Tanto a crítica literária, quanto o próprio poeta, a despeito de negarem qualquer forma de inspiração e sentimentalismo em sua obra, terminam por erigir a imagem de um criador amplamente distanciado do modo como se fazia poesia na época de formação do poeta. Na tentativa de oferecer um quadro histórico e social que fundamenta o projeto poético de João Cabral, esse trabalho busca no conceito de estrutura de sentimento de Raymond Williams o instrumento analítico necessário e capaz de estabelecer tal relação, qual seja, a estreita ligação entre a poética antilírica de João Cabral e uma estrutura de sentimento vigente no período estudado. Nesse sentido, o estudo defende que a origem do estilo antilírico de João Cabral se encontra, em boa medida, em uma estrutura de sentimento racional-coletivista disponível no momento de seu aprendizado de poeta |