Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SANTANA, Guilherme Alves de |
Orientador(a): |
SILVA, Fábio Mascarenhas e |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Informacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41445
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Resumo: |
Ao longo das últimas décadas, Estudos brasileiros e internacionais vêm avaliando o desempenho de Grupos de Pesquisa e como as relações sociais dos pesquisadores ocorrem. A partir deles, é possível observar reconfigurações na composição dos Grupos para atender demandas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), em esfera acadêmica, social ou inovativa. No entanto, o cenário constatado por estudos empíricos estrangeiros é que aumentar o número de pesquisadores de forma desnecessária (ou não planejada) pode comprometer negativamente variáveis endógenas (indicadores internos, como: produções bibliográficas; formação de recursos humanos, e; atividades de pesquisa) e variáveis exógenas (parâmetros externos usuais na qualificação da produção científica e dos próprios pesquisadores). Neste sentido, este trabalho tem por objetivo geral aferir os Rendimentos de Escala de Grupos de Pesquisa Brasileiros da área de Ciências Agrárias e como suas configurações de número de pesquisadores se desdobram em indicadores de pesquisa, produção, formação e citação. Para alcançar o cerne desta Tese, os objetivos específicos são: a) discutir a dinâmica de relações sociais entre pesquisadores na Ciência; b) identificar as atividades mais recorrentes exercidas por Grupos de pesquisa; c) elaborar um instrumento de análise pautado em parâmetros para as principais atividades endógenas e exógenas exercidas pelos Grupos; d) analisar os Rendimentos de Escala obtidos pelos Grupos de Pesquisa brasileiros da subárea de Agronomia. Quanto aos procedimentos metodológicos, é uma pesquisa explicativa com método de abordagem hipotético dedutivo. Está caracterizada como um estudo de caso e empreendeu-se uma pesquisa bibliográfica. Os dados dos pesquisadores dos Grupos foram coletados nas seguintes bases: Diretório de Grupos de Pesquisa; Plataforma Lattes; Scopus, e; Web of Science. Utilizou-se o Microsoft Excel e o ScriptLattes para a extração e compilação dos dados, criaram-se indicadores de correlação R, gráficos de dispersão e de temperatura. Dentre os principais resultados obtidos, foi verificado que Grupos menores alcançaram melhores desempenhos que Grupos com mais pesquisadores em diversas variáveis, tais como: número médio maior de projetos concluídos; pesquisadores com bolsa de produtividade; Índice H, e; quantidade média de citações. Notou-se também que pesquisadores de Grupos menores com bolsas de produtividade geram mais artigos e elevados índices H. Identificaram-se evidentes relações entre o crescimento do número de pesquisadores em Grupos maiores e uma consequente redução na média da produção e citações. Infere-se a partir da revisão de literatura e com base nos resultados obtidos que todos os Grupos de Maior porte teriam melhores rendimentos de escala se diminuíssem em duas ou três vezes seus tamanhos. O instrumento de análise e procedimentos adotados se revelaram aplicáveis para avaliação de variáveis que envolvem Grupos. Entende-se que a metodologia pode ser replicada para aferir aspectos voltados a outras áreas do conhecimento. As conclusões servem para auxiliar líderes de Grupos quanto ao planejamento de ações mais equânimes dos integrantes dos grupos. Ressalta-se que os resultados não devem servir como premissa ao produtivismo como resposta aos rendimentos mais baixos dos grupos maiores, mas sim, uma revisão da capacidade produtiva dos grupos que leve ao equilíbrio na distribuição das atividades em CT&I realizadas por seus pesquisadores. |