Análise epidemiológica e espacial da febre de chikungunya, Pernambuco, Brasil
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38829 |
Resumo: | A febre de chikungunya representa um grave problema de saúde pública, sendo a segunda doença arboviral mais amplamente distribuída no mundo, no Brasil, na região nordeste e no estado de Pernambuco. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados a óbitos entre pacientes infectados pelo vírus chikungunya (CHIKV), bem como a distribuição espacial de casos e óbitos confirmados no estado de Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal, incluindo todos os casos prováveis e óbitos confirmados por infecção pelo CHIKV, registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, entre 2015 e 2018. Foram utilizados nas análises estatísticas os testes qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, Odds ratio, intervalos de confiança de 95%. As variáveis foram estudadas de modo univariado e com o modelo de regressão logística multivariado. A dependência espacial utilizou os índices bivariados Moran Global e o Local (Indicators of Spacial Association). Homens (OR=2,1; IC 95%: 1,5-3,0), com idade ≥60 anos (OR=6,8; IC 95%: 4,8-9,6) e moradores de zona urbana (OR=3,7; IC 95%: 1,4- 10,1), apresentaram maiores chances de evoluir para o óbito. As manifestações clínicas vômito (OR=1,8; IC 95%: 1,2-2,6) e artrite (OR=2,0; IC 95%: 1,3-3,0), comorbidades como diabetes (OR=9,7; IC 95%: 5,3-17,5), hipertensão arterial (OR=9,2; IC 95%: 5,8-14,4), doença renal crônica (OR=18,6; IC 95%: 7,9-44,0) e hepatopatia (OR=6,0; IC 95%: 1,9-19,3), mostraramse associadas ao desfecho. As cidades de Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho representaram agregados espaciais (I=0,193; p<0,01) com alto número de casos e óbitos confirmados. Este estudo concluiu que homens idosos apresentaram maiores chances de evolução para óbito. Vômito e artrite, além de comorbidades como hipertensão arterial, diabetes, doença renal crônica e hepatopatias foram condições associadas ao desfecho. A capital do estado, Recife, e cidades vizinhas apresentaram agregados espaciais de casos e óbitos confirmados por CHIKV. |