Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Carlos Alberto Fragoso de |
Orientador(a): |
SANTIAGO, André Luiz Cabral Monteiro de Azevedo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25062
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Resumo: |
Mucorales são fungos morfologicamente simples pertencentes ao subfilo Mucoromycotina, caracterizados pela produção de esporos de origem sexuada, denominados zigósporos. Em maioria, esses microrganismos são sapróbios e comumente isolados de solo, excrementos, grãos estocados, plantas, de outros fungos, de vertebrados e invertebrados. Embora os Mucorales tenham sido estudados em alguns países, como Brasil, Estados Unidos, China, Índia e Inglaterra, poucos são os relatos sobre a comunidade desses fungos em regiões semiáridas. Espécies dessa ordem têm sido amplamente estudadas, não apenas pelas relações ecológicas que estabelecem com outros seres nos ecossistemas, mas pelo elevado potencial biotecnológico que apresentam, tendo algumas sido citadas como promissoras para a produção de biosisel. Desta forma, essa dissertação teve como objetivos inventariar e comparar as comunidades de Mucorales em excrementos de diferentes espécies e raças de animais herbívoros do semiárido de Pernambuco, pela frequência de ocorrência e riqueza de espécies, bem como conhecer e quantificar os ácidos graxos da biomassa dos táxons. Foram realizadas oito coletas de excrementos de bovinos (Bos taurus L.), caprinos (Capra hircus L.) e ovinos (Ovis aries L.) nas estações do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), localizadas nas cidades de Arcoverde, Serra Talhada e Sertânia. As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos limpos, transportadas ao laboratório e incubadas em câmaras úmidas, em triplicata, por 10 dias. Para a extração de ácidos graxos, inóculos utilizados para o crescimento em meio líquido foram obtidos a partir de culturas crescidas em placas de Petri contendo BDA durante cinco dias a 28ºC. Após este período, blocos de gelose foram transferidos para os Erlenmeyers contendo 100 mL de MEA e incubados a 28°C por 7 dias, sob rotação. Após o crescimento, 10 mg da biomassa de cada espécie foram pesadas para a extração e metilação dos ácidos graxos e, em seguida, analisadas por cromatografia gasosa. Foram isolados 24 táxons de Mucorales distribuídos entre Absidia, Circinella, Cunninghamella, Lichthemia, Mucor, Pilobolus, Rhizopus e Syncephalastrum. Os excrementos de ovinos apresentam maior riqueza de espécies de Mucorales, seguidos pelos de bovinos, sendo M. circinelloides f. griseocyanus o mais frequente, seguido por M. ramosissimus. A composição das espécies de Mucorales foi mais similar entre as raças Guzerá e Sindi (bovinos), seguidas por Girolando (bovino) e Morada Nova (ovino). Treze ácidos graxos diferentes foram encontrados na biomassa dos Mucorales, estando os ácidos palmítico e o oléico presentes em todas as espécies analisadas. Maiores concentrações de ácidos graxos foram verificadas para o ácido oléico em M. circinelloides f. griseocyanus e em C. echinulata var. echinulata, tendo Lichtheimia brasiliensis apresentado a mais variada composição desses ácidos. |