Diversidade de mucorales em solos de brejo de altitude do semiárido de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ALVES, Ana Lúcia Sabino de Melo
Orientador(a): SANTIAGO, André Luiz Cabral Monteiro de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29221
Resumo: Mucorales, a maior ordem do subfilo Mucoromycotina, abrange mais de 200 espécies, em maioria sapróbias, frequentemente isoladas de solo, excrementos de herbívoros e de alimentos estocados. Trabalhos realizados na região semiárida do Brasil reportaram apenas 20 espécies de Mucorales para o semiárido, tendo apenas oito sido isoladas de brejos de altitude, o que não reflete a real riqueza desses fungos nesse ecossistema. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivos conhecer a diversidade, riqueza, frequência de ocorrência e abundância relativa de espécies de Mucorales em solos de brejos de altitude no semiárido de Pernambuco; verificar se ocorrem variações na composição dos Mucorales entre os meses de coleta; descrever e ilustrar novas espécies para a ciência e uma primeira ocorrência para o Brasil; elaborar uma chave de identificação para os Mucorales de solos de brejos de altitude do semiárido de Pernambuco. Foram realizadas seis coletas nos brejos de altitude das Serra dos Cavalos, Serra Negra e Serra do Jenipapo, localizados nas cidades de Caruaru, Bezerros e Sanharó, respectivamente. Duas miligramas de cada amostra foram inoculadas no meio de cultura ágar gérmen de trigo adicionado de cloranfenicol, previamente contido em placas de Petri, em triplicata. Quatro dos isolados que provavelmente correspondem a novas espécies e um táxon citado pela primeira vez para o ocidente tiveram a região LSU do rDNA sequenciada para confirmação genética. Das amostras de solo coletadas no Brejo da Serra dos Cavalos foram isolados 15 táxons de Absidia, Cunninghamella, Gongronella, Mucor e Rhizopus, enquanto do solo Brejo de Jenipapo foram identificados 21 táxons desses gêneros. Do solo do Brejo de Serra Negra, 16 táxons de Absidia, Cunninghamella, Gongronella, Lichthemia e Rhizopus foram obtidos. Considerando os três brejos de altitude, Absidia foi mais representativa em relação ao número de espécies, seguida por Cunninghamella e Mucor. Dentre os isolados, Cunninghamella sp.1 foi o táxon mais frequente, seguida por G. butleri e por C. elegans. Cunninghamella sp.1 também apresentou maior número de UFC/g de solo, seguida por C. elegans e G. Butleri, e essas três espécies foram as mais abundantes dentre as isoladas. O Brejo de Jenipapo apresentou maior diversidade de Mucorales, seguido pelos Brejos da Serra negra e dos Cavalos. Absidia fusca, A. pseudocylindrospora, A. repens, C. elegans, C. bertholletiae, C. blakesleeana, G. butleri, M. circinelloides, M. hiemalis, R. arrhizus var. arrhizus e R. stolonifer estão sendo citadas pela primeira vez em solos de brejos de altitude. Absidia sp.1, Absidia sp.2, Absidia sp.3, e Absidia sp.4, são espécies novas para a ciência, enquanto Cunninghamella sp.1, Cunninghamella sp. 2 e Mucor sp. são prováveis espécies novas. Cunninghamella clavata está sendo citada pela primeira vez para o ocidente.