“Preto no branco” : a trajetória do paraibano Elyseu Elias César no pós-abolição brasileiro (1871-1923)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Julio César Pereira dos
Orientador(a): CHRISTILLINO, Cristiano Luís
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34413
Resumo: Esta pesquisa acompanhou e analisou a trajetória de Elyseu Elias César (1871-1923), um intelectual de “cor” paraibano do fim do século XIX e início do XX, nascido ainda sob a vigência da escravidão no Brasil e passando sua mocidade e fase adulta no contexto do pós-abolição. A problematização da trajetória plural deste sujeito, que vivenciou as conformações sociopolíticas de seis estados: Paraíba, Pará, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro, inserindo-se em diferentes esferas, como a política, a literária-intelectual e a do funcionalismo público, almejou enriquecer a compreensão das alternativas na Primeira República e no pós-abolição para as pessoas negras que gozavam de algum recurso ou vantagem nesse período. Sua experiência individual como protagonista em alguns espaços sociais serviu para pensarmos o lugar do negro no pós-abolição, proporcionando novas perspectivas sobre a experiência negra no Brasil. Desta maneira, buscamos demonstrar a relevância social para os discursos contemporâneos, em se estudar os mecanismos escolhidos por homens de “cor” letrados para se inserirem numa elite político-intelectual em um período seguinte à abolição da escravidão no Brasil, superando os fortes estigmas raciais, ainda presentes na sociedade brasileira. A micro-história foi a metodologia utilizada para a percepção da trajetória de Elyseu, inserida nas problemáticas de seu período. Compõem o corpus documental deste estudo, fontes impressas e digitais como jornais, revistas, livros de memorialistas e documentos oficiais.