Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
RIBEIRO, Ingridd Ayslane Torres de Araújo |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38475
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Resumo: |
Doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são patologias que ocorrem predominantemente nos países em desenvolvimento. A esquistossomose é uma doença parasitária que no Brasil é causada por Schistosoma mansoni, enquanto a dengue é uma flavovirose transmitida, principalmente, por Aedes aegypti. Devido ao caráter endêmico dessas doenças, torna-se importante pesquisas por estratégias para combatê-las. O estudo de substâncias de origem vegetal, como os óleos essenciais (OEs), tem sido alvo para combater diferentes patologias. Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial tóxico dos OEs das folhas de Croton rudolphianus e Algrizea macrochlamys frente Biomphalaria glabrata, hospedeiro intermediário da esquistossomose, cercárias de S. mansoni e do inseto A. aegypti. A composição química dos OEs foi determinada por análise de CG-EM. Os testes de toxicidade sobre B. glabrata foram realizados com embriões e adultos. Os ensaios cercaricidas foram realizados com cercárias de S. mansoni. Os bioensaios com A. aegypti foram realizados usando ovo, larva e pulpa. O ensaio ecotoxicológico foi realizado com Artemia salina. O óleo de C. rudolphianus mostrou ser tóxico para todas as fases embrionárias de B. glabrata testadas (CL50 = 126,54, 133,51, 143,53 e 161,95 µg/mL para as fases de blástula, gástrula, trocófora e véliger, respectivamente). Para os caramujos adultos e cercárias tratados com óleo de C. rudolphianus a CL50 foi de 47,88 e 14,81 µg/mL, respectivamente. Esse óleo também apresentou efeito genotóxico para hemócitos de B. glabrata. O óleo de A. macrochlamys apresentou ação tóxica para embriões de B. glabrata (CL50 = 55,70, 56,83, 52,85 e 49,85 µg/mL para as fases de blástula, gástrula, trocófora e véliger, respectivamente). Esse óleo também apresentou ação tóxica para adultos de B. glabrata (CL50 = 46,15 µg/mL) e cercárias de S. mansoni (CL50 = 11,36 µg/mL). O (E)-cariofileno, composto majoritário de ambos OEs, apresentou ação tóxica para embriões de B. glabratra (CL50 = 10,08, 10,27, 11,43 e 12,5 μg/mL para as fases de blástula, gástrula, trocófora e véliger, respectivamente) e cercárias de S. mansoni (CL50 = 3,32 μg/mL e CL90 = 5,45 μg/mL). O óleo de C. rudolphianus também causou mortalidade em larvas quarto instar de A.aegypti (CL50 = 21.86 µg/mL) e diminuiu a taxa de eclosão de ovos de A. aegypti. Entretanto, este óleo não apresentou efeito tóxico para pupas de A. aegypti. O OE de A. macrochlamys não apresentou nenhuma toxicidade para larvas e pupas de A. aegypti, mas causou uma diminuição na taxa de eclosão dos ovos de A. aegypti. O ensaio com organismo não alvo demonstrou que o óleo de A. macrochlamys não apresentou toxicidade. Por sua vez, o OE de C. rudolphianus foi mais tóxico para adultos de B. glabrata, cercárias de S. mansoni e larvas de A. aegypti do que para organismo não alvo testado (A. salina). Os resultados demonstraram que os óleos de A. macrochlamys e C. rudolphianus são potencial ferramenta para o controle da esquistossomose e dengue, uma vez que ambos apresentaram efeitos deletérios contra o hospedeiro intermediário da esquistossomose, cercárias de S. mansoni e pelo menos uma fase do ciclo de A. aegypti. |