Avaliação das atividades antibacteriana e antioxidante de Croton heliotropiifolius Kunte e Croton blanchetianus Baill.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: ANGÉLICO, Elissandra Couras.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2963
Resumo: Croton heliotropiifolius Kunte e Croton blanchetianus Baill (Euphorbiaceaes) são plantas medicinais nativas do nordeste do Brasil. Conhecidas popularmente como “velame’’ e “marmeleiro’’, são usadas largamente na medicina popular na forma de chás, infusões, cataplasmas e laxativos. Essas espécies mostram-se de potencial valor terapêutico em virtude da presença de diversos metabólitos secundários como alcalóides, flavonóides e terpenóides. O presente trabalho descreve a análise química, as atividades antibacterianas e moduladoras dos óleos essenciais, bem como a atividade antioxidante dos extratos etanólicos das folhas de C. heliotropiifolius e C. blanchetianus. Os óleos essenciais foram extraídos das folhas frescas por hidrodestilação e os constituintes químicos foram identificados por CG/EM. Destacaramse como majoritários o eucaliptol (16,9%), β-cariofileno (15,9%) e germacreno-D (14,5%) para C.heliotropiifolius e o cedrol (28,4%), eucaliptol (17,4%) e α-pineno (10,5%) para C. blanchetianus. Os extratos etanólicos foram obtidos das folhas pelo método de extração exaustiva a frio e submetidos a análises fitoquímica, nos quais foi possível identificar a presença de classes de metabólitos como taninos condensados, flavonóides, flavononas, flavonóis, flavononóis, catequinas e xantonas. Em seguida, os extratos foram analisados quanto à atividade antioxidante por seqüestro de radicais livres, usando o DPPH (1,1-difenil2-picril-hidrazila). Os óleos essenciais foram avaliados quanto à atividade antibacteriana pelo método de difusão em Agar e em interação direta, e indiretamente com antibióticos aminoglicosídeos, por microdiluição em caldo frente a linhagens de bactérias padrão e multirresistente Gram positivas e Gram negativas. Os resultados preliminares da atividade antibacteriana mostraram que ambos os óleos foram mais efetivos frente à linhagem Grampositiva Bacillus cereus. Na verificação da concentração inibitória mínima observou-se que o óleo essencial de C. heliotropiifolius não mostrou atividade inibitória frente às linhagens testadas, com exceção para a multirresistente Sthaphylococcus aureus (MR 358) com CIM 512µg/mL. Para o óleo essencial de C. blanchetianus o resultado foi mais significativo para Sthaphylococcus aureus com CIM de 64 µg/mL. O óleo de C. blanchetianus potencializou os antibióticos amicacina, canamicina e gentamicina frente à linhagem Bacilus cereus, mostrando um efeito sinérgico. Nos testes antioxidantes in vitro por seqüestro de radicais livres, usando o DPPH (1,1-difenil-2-picril-hidrazila), foi observado que ambos os extratos apresentaram atividade antioxidante, sendo que o extrato das folhas de C. blanchetianus foi o que apresentou uma atividade mais eficiente com CE50 de 6,5±0,5 µg/mL.