Exposição materna à dieta hipercalórica e hiperlipídica e administração neonatal de Kaempferol : aspectos somáticos, bioquímicos e do comportamento alimentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CHAVES, Wenicios Ferreira
Orientador(a): ARAGÃO, Raquel da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39408
Resumo: A ingestão excessiva de alimentos industrializados durante o período crítico parece programar o comportamento alimentar da prole, predispondo às doenças. Estratégias nutricionais, como o uso de polifenóis, parecem exercer efeitos protetores na prole. Este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos da exposição materna à dieta hipercalórica/hiperlipídica e administração neonatal de kaempferol, sobre o crescimento somático, perfil bioquímico e comportamento alimentar da prole. Ratas Wistar foram divididas de acordo com a dieta no período crítico em: Controle (C; n= 12; 12% kcal/lipídios) ou Hipercalórica/Hiperlipídica (HH; n= 12; 51% kcal/lipídios). Na prole, foi administrado veículo (V) ou kaempferol (K), do 8° ao 21° dia pós-natal (DPN). Foram mensurados o peso corporal (PC), ingestão calórica e adiposidade materna. Na prole, foram avaliados parâmetros de crescimento somático no 7°, 14°, 21°, 25° e 30° DPN, exceto o PC do 8° ao 21° e 25° ao 30° DPN. O comportamento alimentar foi avaliado pelo consumo alimentar e sequência comportamental de saciedade (SCS) no 30° DPN. Após a SCS, foram mensurados o perfil bioquímico e peso relativo de órgãos e tecidos. Em relação a dieta, não houve diferença entre grupos no PC e ingestão calórica materna, no entanto as ratas HH apresentaram maior adiposidade retroperitoneal e mesentérica. A prole HH apresentou maior peso corporal aos 21°, no entanto as medidas murinométricas foram maiores durante a lactação e pós-desmame. A dieta materna não modificou os parâmetros avaliados no comportamento alimentar da prole. Contudo, a prole HH teve o aumento do colesterol total e adiposidade no coxin retroperitoneal, mas a redução a creatinina. Enquanto ao efeito do kaempferol, a prole HHK teve maior PC entre o 15° ao 21° e 25° ao 30° DPN, enquanto o HHV do 17° ao 21° DPN. As medidas murinométricas da prole HHK foram maiores que o grupo CK em diferentes momentos da lactação e pós-desmame. Não houve diferença entre grupos na ingestão relativa, microestrutura do comportamento alimentar. Contudo, nos grupos HHK e CK houve a antecipação do ponto de saciedade se comparados aos grupos HHV e CV, respectivamente. Na prole HHK houve a redução da adiposidade no coxin retroperitoneal e da creatinina sérica no 30° DPN. Assim, o kaempferol favoreceu o crescimento somático e apesar de inalterar a estrutura do comportamento alimentar, reduziu a adiposidade e antecipou da saciedade na prole.