Circuito da Cultura e a estruturação de um discurso: fazendo sentido do vinho do Vale do São Francisco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SOUZA, Angela Cristina Rocha de
Orientador(a): MELLO, Sérgio Carvalho Benício de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/589
Resumo: Considerando a crescente importância da cultura para os negócios e que as práticas sociais são culturais, envolvendo a produção de sentidos, adotamos a abordagem dos estudos culturais e o circuito da cultura, para compreender os sentidos dominantes nas práticas sociais realizadas na produção, circulação e recepção de um produto cultural. Para isso, utilizamos um caso ilustrativo, o vinho do Vale do São Francisco, oriundo de uma região situada no Nordeste do Brasil. A partir dos discursos dos agentes da vitivinicultura do Vale que constituíram o corpus da pesquisa, teorizamos sobre o processo de desenvolvimento desses vinhos. Alguns significados encontrados para a produção foram: mudança de paradigma, pioneirismo, inovação. Quanto ao consumo, vinhos pouco conhecidos e que estão melhorando. Imagens positivas e negativas desses produtos convivem no imaginário da sociedade. O preconceito é a regulação social imposta ao consumo destes vinhos. Da articulação intrínseca ao circuito da cultura surgem os sentidos para os vinhos do Vale. Para a produção, os vinhos produzidos são adequados ao paladar de um público que, em sua maioria não tem capital cultural. A circulação vê esses vinhos como algo insólito, mas consideram que eles precisam ser melhorados, enquanto a recepção não os reconhece ou os associa a média ou baixa qualidade. A produção vem desenvolvendo novas práticas, diferentes daquelas do Velho e do Novo Mundo, demonstrando sua flexibilidade para produzir vinho, mesmo sem tecnologia, cultura e savoir-faire desenvolvidos