Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SOBRAL, Vanessa Herculina de |
Orientador(a): |
ALMEIDA, Lucinalva Andrade Ataide de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29892
|
Resumo: |
Esta pesquisa intitulada Sentidos de avaliação da aprendizagem revelados nas narrativas de crianças no Ciclo de Alfabetização, trata da atribuição de sentidos por crianças à avaliação da aprendizagem com base na experiência de formação do Ciclo de Alfabetização em uma escola pública de um município da Região Agreste Central de Pernambuco. Tivemos como objetivos específicos analisar, com base nas narrativas das crianças, como foi vivenciada a avaliação durante o Ciclo de Alfabetização no que se refere ao ato de serem avaliadas; identificar como se deu o tratamento do erro durante suas vivências no Ciclo de Alfabetização; identificar como se dava a correção, o diálogo e a contribuição em relação a essa correção; mapear o(s) instrumento(s) de avaliação mencionado(s) por elas, que se sobressaiu(iram) no percurso de aprendizagem durante o Ciclo de Alfabetização. Para tanto, partimos da contribuição de autores como Méndez (2002) e Perrenoud (1999) que apontam a avaliação como um elemento formativo e que deve estar a serviço da aprendizagem. Abordamos o Ciclo de Alfabetização como tempo determinado para o processo de alfabetização das crianças (BRASIL, 1996; MAINARDES, 2007), o qual traz a proposta da natureza formativa da avaliação da aprendizagem (MONIZ, 2006; VILLAS BOAS, 2006; ALAVARSE, 2009). Nessa direção, olhamos a avaliação enquanto um elemento do processo de ensino-aprendizagem que está inscrito nas relações entre os contextos social, escolar e familiar. Com base nessas relações contextuais, tomamos a experiência de formação (LARROSA, 2011) no Ciclo de Alfabetização como base a partir da qual as crianças atribuem sentidos à avaliação da aprendizagem. No desenvolvimento da pesquisa, utilizamos como caminho teórico-metodológico a Análise do Discurso (ORLANDI, 2013), considerando que o já dito no cotidiano escolar, pode ter influenciado à atribuição de sentidos pelas crianças à avaliação da aprendizagem, sentidos esses, revelados em suas narrativas. A definição dos sujeitos da pesquisa decorreu da elaboração do perfil educacional a partir da verificação documental na unidade escolar. Em seguida, realizamos as entrevistas narrativas com as crianças. Como resultados da pesquisa, identificamos que, embora a Política de Ciclos proponha a avaliação com a natureza formativa, na prática, no Ciclo de Alfabetização, as vivências com a avaliação tendo a natureza formativa pareceram, ainda, estar sendo iniciadas, visto que, a partir das narrativas das crianças, identificamos indícios que apontam para a predominância da perspectiva classificatória nas vivências com a avaliação na escola campo desta pesquisa, indo de encontro com a perspectiva formativa da avaliação. Dentre tais indícios está o fato de a grande maioria das crianças ter atribuído à avaliação sentidos como aprovação ou reprovação, além de também demostrarem associar a avaliação com o instrumento prova. Além disso, a partir das narrativas das crianças, identificamos que a avaliação da aprendizagem no cotidiano da sala de aula ainda vem sendo utilizada como um elemento disciplinador no que se refere ao comportamento das crianças, e que isso implica na ausência do diálogo em suas vivências, podendo distanciar a avaliação da possibilidade de servir às suas aprendizagens. |