Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Maria Geiziane Bezerra |
Orientador(a): |
SILVA, Alexsandro da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32828
|
Resumo: |
O presente trabalho se inscreve no campo das discussões acerca da alfabetização e do letramento e teve como principal objetivo compreender os saberes-fazeres mobilizados em sala de aula por duas professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental cujas práticas de ensino da leitura e da escrita são consideradas bem-sucedidas. Apoiando-nos em autores como Soares (2016), Morais (2005) e Chartier (2000), tecemos uma discussão sobre os percursos históricos da alfabetização e suas possíveis implicações sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita consideradas bem-sucedidas. Discutimos também acerca dos saberes-fazeres mobilizados no cotidiano escolar e o desenvolvimento dessas práticas, tomando por base as ideias de autores como Tardif (2000), Certeau (1994) e Sales (2012). Participaram do estudo duas professoras atuantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental (2º e 3º ano) da cidade de Brejo da Madre de Deus - Pernambuco, as quais foram consideradas bem-sucedidas por gestores de escolas, coordenadores pedagógicos, orientadores de estudo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC -, professores e pais de alunos. Em se tratando dos procedimentos metodológicos, fizemos uso da observação participante e da entrevista de autoconfrontação. No que diz respeito à técnica de análise dos dados, utilizamos a Análise do Conteúdo (BARDIN, 2004). Com base nos procedimentos metodológicos adotados, constatamos que as professoras tateavam maneiras de alfabetizar letrando; compreendiam a leitura não como decodificação de grafemas em fonemas, mas como um processo mais amplo que envolve a compreensão e a produção de sentidos; entendiam que só se aprende a ler lendo e que, para alunos com diferentes níveis de apropriação da leitura, era necessário realizar intervenções também diferentes; e reconheciam a necessidade e as potencialidades do trabalho com os gêneros textuais em sala de aula. Além disso, os dados da pesquisa demonstraram que os saberes-fazeres mobilizados pelas professoras eram híbridos, sendo construídos a partir de suas vivências em diferentes contextos, a exemplo da vida pessoal e familiar, da formação escolar anterior, da formação inicial e continuada, das trocas entre os pares, das experiências vivenciadas no cotidiano de suas salas de aula e do contexto curricular. |