Eficácia de um Programa de Treinamento com Plataforma Vibratória em Doentes Renais Crônicos no Período Interdialítico sobre Força Muscular, Equilíbrio, Qualidade de Vida e Capacidade Funcional: Ensaio Clínico Controlado e Randomizado
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17537 |
Resumo: | A vibração de corpo inteiro (VCI) é uma forma de treinamento utilizada em diversas populações e tem apresentado diversos benefícios sobre a força muscular e capacidade funcional. No entanto, os efeitos de um treino de VCI em pacientes com doença renal crônica (DRC) ainda não foi desenvolvido. A DRC tem contribuído para a fraqueza musculoesquelética especialmente nos pacientes submetidos à hemodiálise (HD), levando ao sedentarismo e a intolerância ao exercício, contribuindo assim para o quadro de sarcopenia. Programas de exercício físico têm sido propostos para esta população, embora nem sempre com boa adesão, quer pela presença de comorbidades associada ou ainda a sobrecarga que o exercício impõe. Diante desse contexto a presente dissertação teve por objetivo avaliar a eficácia de um programa de treinamento com VCI em DRC sob HD no período interdialítico sobre a força muscular, equilíbrio, qualidade de vida e capacidade funcional através de um ensaio clínico (registro no clinical trials NCT02413073), no artigo original. Artigo 1: Esse estudo foi composto de 2 grupos, um VCI (8 pacientes) e outro Sham (8 pacientes), treinados durante 3 meses, duas vezes por semana em dias alternados a HD, havendo 1 perda. O grupo VCI melhorou a força muscular (VCI 357,72 ± 90,09N; Sham 240,46 ± 68N; p≤ 0,010) e a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) (VCI 550,75 ± 54,58m; Sham 479,63 ± 68,53m; p≤0,038). O presente estudo constatou melhora da força muscular de extensores de joelho e da distância percorrida após um programa de VCI de 12 semanas para indivíduos com DRC submetidos a HD desenvolvido no período interdialítico. Artigo 2: A revisão sistemática teve como objetivo avaliar a eficácia dos exercícios de membro superior no processo de maturação da fístula arteriovenosa (FAV) (registrada no PROSPERO CRD42015024524). Foram acessadas as bases de dados MEDLINE, CINAHL, Web of Science, Scopus, Lilacs, Scielo, Central e PEDro no período de fevereiro a agosto de 2015, através dos descritores “kidney disease”, “Chronic Renal Insufficiency”, “hemodialysis”, “exercise” and “arteriousvenous fistule”. Foram incluídos estudos com pacientes com DRC no estágio 5, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, sob intervenção de exercícios de membro superior homolateral a FAV. Os principais desfechos foram o aumento do diâmetro da veia e taxa de fluxo sanguíneo relacionados à maturação da FAV. Devido as características dos artigos (pequeno número de pacientes envolvidos nos estudos e a ausência de cegamento e alocação), foram incluídos apenas três artigos envolvendo 94 participantes. Para o desfecho diâmetro da veia foi encontrada diferença de média de 0,36 (-0.95 a 1.67) e para o desfecho taxa de fluxo sanguíneo a diferença de média de 107.87 (-3,90 a 219,64). A partir desses resultados, não é possível recomendar os exercícios de membro superior homolateral a FAV, dada a falta de evidência em comprovar a sua eficácia. Conclui-se que outros estudos com maior rigor metodológico possam ser desenvolvidos a fim de verificar a existência de eficácia dos exercícios no processo de maturação da FAV nesses pacientes. |