Estudo retrospectivo da técnica de botoeira em hemodiálise aplicada em usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Dejanilton Melo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/610
Resumo: A doença renal crônica emerge hoje como um sério problema de saúde pública em todo mundo, sendo considerada uma “epidemia” de crescimento alarmante. Um dos grandes desafios do século XXI será minimizar as implicações promovidas por essa patologia no nível econômico e social. O acesso vascular representa uma das principais causas mobilizadoras de recursos financeiros nas pessoas com insuficiência renal crônica terminal (IRCT). A canulação tradicional em fístula arteriovenosa era, até recentemente, a única prática no serviço de hemodiálise (HD). A partir da introdução de uma alternativa de canulação praticada na Europa e Estados Unidos, se evidenciaram melhorias para o paciente com um protocolo rigoroso que ameniza consideravelmente as complicações com os acessos vasculares definitivos para HD. Estudo descritivo, exploratório e retrospectivo de abordagem quantiqualitativa sobre a técnica de botoeira à pacientes com IRCT, com fístula arteriovenosa pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como objetivos: descrever a técnica de botoeira no serviço de hemodiálise; identificar os desfechos da utilização da técnica de botoeira dos pacientes em programa regular de HD durante os últimos três anos; comparar os desfechos obtidos da aplicação da técnica de botoeira em relação à ropeladder e; discutir a técnica de botoeira como indicador de qualidade do cuidado de enfermagem oferecido ao paciente em tratamento hemodialítico usuário do SUS no ambiente de um serviço privado. O cenário foi uma clínica privada conveniada ao SUS localizada na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. A amostra foi constituída por 94 pacientes, e a coleta de dados foi realizada por meio dos prontuários, questionário semiestruturado e entrevista semiestruturada. Do estudo emergiram dados que descrevem a implantação da técnica de botoeira, dados comparativos entre a técnica de botoeira e ropeladder e entrevista sobre a satisfação do uso da técnica de botoeira. Os dados foram analisados utilizando o programa SPSS 17.0, software Bioestat e análise de conteúdo de Bardin. Conclui-se que a técnica de botoeira demonstrou-se benéfica ao paciente em terapia hemodialítica em todos os aspectos, com ênfase nos aspectos de dor, autoimagem e autoestima. Permitiu observar, também, que os gastos dos cofres públicos com acesso vascular definitivo foram diminuídos e será necessária a divulgação deste estudo no âmbito nacional e internacional para disseminação da informação. Ressalta-se a importância de novos estudos para criação e validação de um protocolo que seja viável na utilização da técnica de botoeira aos pacientes submetidos à terapia hemodialítica no Brasil