Pedagogia do MST e epistemologia da mística : uma gramática simbólica da formação de militantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MOURA, Ricelio Regis Barbosa da Silva
Orientador(a): SILVA, Everaldo Fernandes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37792
Resumo: A Pedagogia e a Mística são elementos presentes que fazem parte da organização e das relações sociais dos Sem Terra. O objetivo desta pesquisa foi compreender a pedagogia do MST e a epistemologia da mística, dentro dos processos de luta por terra e dignidade dos sujeitos Sem Terra, com os seus potenciais mobilizadores no Centro de Formação Paulo Freire em Caruaru-PE. Tivemos como pergunta: Em que consiste a pedagogia do MST e a epistemologia da mística e quais os seus aspectos e dimensões educativos potencializadores de empoderamentos dos militantes e da práxis transformadora? Tivemos como contribuições teóricas: Freire (1987); Stedile (2013); Sauer (1998); Lage (2005); Comblin (2002); Comparato (2003); Gutiérrez (1986); Caldart (2000); Bogo (2002); Boff (1980); entre outros autores, além das produções do MST e as falas dos colaboradores do estudo. A pesquisa é de abordagem qualitativa, com observação participante e entrevistas semiestruturadas. Como análise documental e dos registros de campo, servimo-nos da análise de conteúdo com recorte temático de Bardin (1977). Os resultados mostram a Pedagogia do MST como uma educação outra, subversiva, crítica e reflexiva, formada a partir da realidade vivida. A Mística como unificadora, mobilizadora e produtora de conhecimento. Ela firma uma epistemologia, pois, ela introduz a inteligência simbólica dos sonhos e imagens dos ideais coletivos de afirmação dos sujeitos e das suas emancipações no arcabouço formativo dos seus militantes, mobilizando-o nos formatos aprendentes, nas lutas pela terra e dignidade, num arcabouço teórico na contramão da razão formal e instrumental.