Efeitos da β-glucana obtida do kefir na insuficiência hepática aguda induzida por acetaminofeno em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: QUIXABEIRA, Carla Mirele Tabósa
Orientador(a): LIRA, Eduardo Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38010
Resumo: O acetaminofeno (APAP, paracetamol) é um dos analgésicos e antipiréticos mais utilizados no mundo. Ainda que terapeuticamente seguro, o uso abusivo e, normalmente não prescrito, pode ocasionar insuficiência hepática aguda (IHA), o que o torna uma grande preocupação na prática clínica. A metabolização de doses excessivas de APAP produz o N-acetyl-pbenzoquinona-imina (NAPQI) e depleção rápida da glutationa (GSH), provocando intenso estresse oxidativo, principal mecanismo envolvido ao desenvolvimento da necrose centrobular e IHA. O uso da n-acetilcisteína (NAC) é a única opção de tratamento da IHA induzida pelo APAP, mas, que tem seu uso limitado pelos efeitos adversos. Neste sentido, a busca por novos agentes terapêuticos se tornou uma necessidade para a prevenção e/ou tratamento da IHA. Intensificou-se o estudo de moléculas que possam atenuar o estresse oxidativo resultantes do metabolismo do APAP, entre os quais estão os exopolissacarídeos obtidos dos grãos de kefir. Estudos tem mostrado a utilização do kefir como agente antioxidante. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da β-glucana (BG) derivada do kefir na HA induzida pelo APAP em camundongos. Camundongos (Mus musculus) machos da linhagem Swiss (30-40g) receberam BG ou salina 0,9%. Posteriormente, todos os animais, exceto o grupo controle (C), receberam uma dose única de APAP (250mg/kg, i.p.). 24 horas após a intoxicação por APAP, os animais foram anestesiados para coleta de sangue e tecido para quantificação de marcadores de dano hepático. O APAP provocou insuficiência hepática aguda verificada através do aumento dos níveis dos indicadores avaliados, assim como provocou alterações histopatológica compatíveis à necrose centrolobular. A BG apresentou efeitos positivos sobre esses parâmetros.