Multiplex qPCR para detecção e quantificação simultânea dos vírus da subfamília Betaherpesvirinae em pacientes com falência hepática aguda sem etiologia definida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Raposo, Jéssica Vasques
Orientador(a): Paula, Vanessa Salete de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22940
Resumo: Os Betaherpesvírus são comuns em todo o mundo, com prevalência de 70-80% em indivíduos adultos. A infecção pelos Betaherpesvírus pode ser assintomática e passar despercebida, mas o vírus pode permanecer latente até que uma deficiência imunológica do hospedeiro favoreça sua reativação. Os Betaherpesvírus estão relacionados a diversas doenças. O HCMV, o HHV-6 A/B e o HHV-7 já foram relatados em casos de pacientes com falência hepática aguda (FHA). O mau prognostico da evolução para hepatite nos casos de herpes está associado ao diagnóstico tardio e ao atraso no tratamento especifico com terapia antiviral. Portanto, a necessidade de um diagnóstico precoce para iniciar a terapia é evidente. Para a detecção e quantificação dos Betaherpesvírus foi otimizado a qPCR multiplex e curvas sintéticas padrões foram utilizadas para quantificação da carga viral em amostras de soro e fígado de pacientes com FHA sem etiologia definida. No total, 25,7% (9/35) das amostras foram positivas para pelo menos um dos Betaherpesvírus, seis foram positivos para o fígado e três para o soro. Além disso, houveram duas co-infecções com mais de um Betaherpesvírus. As amostras que foram positivas no qPCR monoplex, também foram positivas no qPCR multiplex mostrando que é possível realizar apenas uma PCR em tempo real para detectar e diferenciar os Betaherpesvírus. Análises bioquímicas foram realizadas e houve um aumento nas enzimas hepáticas ALT, AST, GAMA-GT e Fosfatase Alcalina nas amostras de FHA positivas para os Betaherpesvírus em comparação com as amostras de FHA negativas e controles. A positividade das amostras ressalta a associação dos Betaherpesvírus a FHA. Assim, o diagnóstico diferencial para os Betaherpesvírus em caso de FHA pode auxiliar para uma terapêutica farmacológica adequada, poupando o paciente do transplante e o sistema da saúde dos custos a este relacionados.