Piptadenia stipulacea (BENTH) Ducke : investigação fitoquímica e ensaios toxicológicos in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOBREIRA, Renatha Claudia Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34243
Resumo: Piptadenia stipulacea ocorre no Nordeste brasileiro, especialmente na Caatinga e é popularmente conhecida como jurema branca. É usada popularmente por sua atividade anti-inflamatória, analgésica, regenerador de células, antitérmico e adstringente peitoral. De acordo com a literatura esta espécie não possui estudos anteriores então, buscando elucidar seu potencial biológico e também dar base científica a sua utilização, este estudo foi desenvolvido investigando-se a presença de compostos químicos majoritários no extrato etanólico das folhas de jurema branca e seus efeitos toxicológicos. Foi realizada a cromatografia em camada delgada (CCD) do extrato etanólico das folhas de Piptadenia stipulacea para a identificação de seus constituintes químicos e como estudos toxicológicos foram realizados a verificação da atividade hemolítica com eritrócitos de carneiro, a genotoxicidade e mutagenicidade frente à Allium cepa e a determinação da concentração letal média (CL50) no ensaio com Artemia salina Leach., foi realizado também o ensaio de toxicidade aguda segundo o protocolo preconizado pela Organization for Economic Cooperation ad Development (OECD, 423). Foram utilizados camundongos albinos Swiss fêmeas neste ensaio e após a administração oral do extrato foram observados parâmetros comportamentais, consumo de água e ração e após a eutanásia dos animais foram analisados os parâmetros hematológicos, bioquímicos e histomorfológicos renal e hepático. Os metabólitos secundários majoritários encontrados foram: taninos, saponinas, cumarinas, flavonoides e terpenos (em menor expressividade). Diante da avaliação toxicológica, a atividade hemolítica frente a eritrócitos de carneiro revelou ausência de toxicidade, apresentando percentual de hemólise inferior a 20%. Não foi constatada genotoxicidade diante do ensaio com Allium cepa, assim como não houve diferença significativa no índice mitótico dos meristemas submetidos às diferentes concentrações testadas do extrato etanólico em comparação com o grupo controle. O extrato estudado exibiu toxicidade moderada frente ao ensaio com Artemia salina Leach. O extrato etanólico das folhas de Piptadenia stipulaceae não provocou alterações comportamentais persistentes nem morte dos animais após sua administração oral, apenas observou-se redução no consumo de água pelo grupo tratado com o extrato em relação ao grupo controle. Para os parâmetros bioquímicos analisados houve apenas um aumento na concentração sérica de uréia nos camundongos tratados com o extrato (57,4±7,33) em relação ao grupo controle (49,4±9,73). De acordo com os resultados obtidos, podemos concluir que o extrato estudado possui baixa toxicidade diante dos ensaios realizados, porém sugere-se o prosseguimento com estudos de atividades biológicas mais específicas.