Bacteremias por Klebsiella pneumoniae : epidemiologia, clínica e mecanismos de resistência microbiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PALMEIRA, Danylo César Correia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35582
Resumo: As bacteremias por Klebsiella pneumoniae vêm aumentando morbidade e mortalidade em infecções relacionadas à assistência à saúde. Os dados no Nordeste do Brasil são escassos. Um estudo retrospectivo de corte transversal foi realizado em hospital terciário para avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e resistência microbiana nessas infecções. Entre janeiro de 2016 e maio de 2017, 28 isolados identificados por espectrometria de massas do tipo MALDI-TOF foram incluídos. A suscetibilidade antimicrobiana foi testada por microdiluição em caldo e, para ceftazidima-avibactam, ETEST. Dez (35,7%) isolados apresentaram resistência aos carbapenêmicos (CRKP). O determinante genético por reação em cadeia da polimerase (PCR) foi blaKPC-2. Isolados CRKP apresentaram associação às neoplasias hematológicas (p=0,041), úlceras crônicas (p=0,011), terapia renal substitutiva (p=0,011), internamento em unidade de terapia intensiva (UTI; p<0,0001), ventilação mecânica (p=0,041) e exposição prévia a antimicrobianos (p<0,05): meropenem, polimixina, amicacina, sulfametoxazol-trimetropim, glicopeptídeos e antifúngicos. Amicacina e polimixina B apresentaram resistência inferior a 10,0%. Nenhum isolado foi resistente à ceftazidima-avibactam. A mortalidade intra-hospitalar foi 35,7%. Óbitos foram associados ao internamento em UTI (p=0,050) e elevado índice de comorbidades de Charlson (p=0,036). A análise comparativa da sobrevida segundo resistência aos carbapenêmicos e antibioticoterapia adequada não foi estatisticamente significante. Diante do exposto, fatores de risco identificados para isolados CRKP, perfis de sensibilidade locais e os mecanismos moleculares de resistência microbiana devem ser monitorizados, a fim de se adequar a antibioticoterapia empírica.