A memória nas montagens das fotografias de família : uma análise da narrativa visual em My brother’s war, de Jessica Hines
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34589 |
Resumo: | Esta pesquisa pretende abordar sobre trabalhos artísticos que têm reciclado fotografias, documentos e diversos outros utensílios vernaculares, deslocando-os do ambiente doméstico à esfera pública com o objetivo de ressignificar o presente a partir da revisitação do passado. Essas expressões artísticas estão inseridas no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial abordando as histórias de familiares de gerações subsequentes que tiverem seus parentes envolvidos em conflitos bélicos, construindo outras memórias, muitas das vezes conflitantes com as memórias oficiais. A obra de arte fotográfica My brother´s war (2010), da artista-fotógrafa americana, Jessica Hines, posiciona o debate sobre a elaboração de narrativas visuais de um conflito não presenciado, a partir dos limites entre fotografias de guerra e das fotografias vernaculares, no território da arte contemporânea. Daí, esta análise interpretativa e qualitativa desenrola-se para responder como a narrativa visual permite a construção de uma memória com base no tensionamento entre os gêneros álbum de família e fotolivro. Para nossos fins, abordaremos a montagem e a imaginação, sob a ótica de Georges Didi-Huberman (2013, 2016), enquanto conceitos operativos para o desenvolvimento do livro da obra em estudo. O corpus da pesquisa é constituído por 114 fotografias e oito textos narrativos-descritivos que serão discutidos com apoio da revisão bibliográfica e da entrevista realizada com a fotógrafa. Do levantamento teórico, passando pela interpretação estrutural da obra e pelas falas da entrevistada, foi possível considerar que a arte pode revelar linguagens impuras/heterogêneas que estão presentes desde a construção das cenas fotográficas à tensão entre os gêneros de apresentação do material. Esse trabalho abre-se margens para novas investigações, em um aprofundamento de questões referentes à relação entre tempo e memória aplicadas em outras obras fotográficas de temáticas semelhantes. |