Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lima, Dayana Raquel Pereira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12838
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Resumo: |
Atualmente, os estudos acerca da educação vinculam o afastamento dos professores de sala de aula à precarização do trabalho docente, isto é, as condições que inviabilizam o satisfatório exercício da docência: jornada de trabalho extensa; excesso de turmas; excesso de alunos por turma; alunos violentos; desvalorização social da profissão e baixos salários, dentre outros, sobretudo inseridas na dinâmica do capitalismo de fins do XX. Contudo, com relação à segunda metade do século XIX, a análise da historiografia recente a respeito da história social da educação, do Império do Brasil e da província de Pernambuco, juntamente com os registros encontrados nos códices da série Instrução Pública disponíveis no Arquivo Público Estadual de Pernambuco (APEJE), nas legislações, regimentos, regulamentos e relatórios vigentes no período em questão (APEJE, ALEPE e LAPEH) e no fundo “Petições” da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) nos permitem afirmar que também eram bastante comuns as situações de “afastamento” dos professores primários públicos das cidades de Recife e Olinda, num período anterior ao da chamada precarização do trabalho docente e num cenário com configurações diferentes. Desse “achado”, mostramos que num espaço-tempo escolar bastante diferente em relação ao número de aulas públicas, a carga horária, aos métodos de ensino dos professores, aos métodos disciplinares, as matérias ensinadas, a frequência dos alunos em sala de aula, os professores também tendiam a se afastarem dos seus locais de trabalho. Apontamos que os registros indicativos de desconforto- licenciamentos médicos, faltas ao trabalho, substituições de professores e os casos de abandono do magistério- abrangiam a maior parte dos assuntos encontrados e quantificados nos códices da série Instrução Pública. Por fim, identificamos uma mudança no discurso usado pelos professores para se transferirem: por motivo de doenças, ao longo da década de 1860 e por motivo das cadeiras vagas (relacionadas às entrâncias) ao longo da década de 1870 a 1880. Concluímos, portanto que, o “desconforto” era um fenômeno comum que atingia a maioria da docência pública na segunda metade do século XIX e que os poderes públicos, professores públicos e pais de família utilizavam de diferentes estratégias (muitas vezes, conflituosas) para lidar com esse fenômeno |