Dinâmica pluviométrica na mesorregião sul cearense : uma relação com fatores topográficos e anomalias da temperatura da superfície do mar dos oceanos Atlântico e Pacífico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: GOMES, Joyce Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55632
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar a interação oceano-continente-atmosfera e sua influência na variabilidade pluviométrica espacial e temporal da Mesorregião Sul Cearense (MSC) no período 1981-2021. A Mesorregião Sul Cearense é um dos mais importantes setores do contexto geográfico, socioeconômico, paleontológico e cultural do estado do Ceará, e entender a variabilidade pluviométrica dessa região é de grande importância para a compreensão das condições climáticas. Os procedimentos metodológicos estão pautados na Climatologia Dinâmica e na Análise Rítmica proposta por Monteiro (1962 e 1971). A classificação dos anos padrão foi executado pelo método box-plot a partir de postos pluviométricos inseridos na Mesorregião Sul Cearense totalizando 25 postos oriundos da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Durante o ano o volume acumulado de chuvas na MSC é de, no mínimo 479 mm, com média pluviométrica anual de 827 mm, com máximas que chegam a 1679 mm, máxima mais adequada para as localidades que abrangem o relevo sedimentar da área de estudo. A área de estudo apresenta ainda uma dinâmica sazonal diferenciada, compondo duas estações nas faixas equatorial e tropical: estação chuvosa e estação seca, a estação chuvosa tem forte ligação com os sistemas de circulação atmosférica regional. Com a aplicação do box-plot por cada posto foi possível estabelecer a classificação dos anos-padrão. A categoria “Normal” é o padrão mais recorrente da área de estudo com 19 anos, em seguida vem os anos Secos (09 anos) e Chuvosos (09 anos), e os Extremamente Seco ou Chuvoso com dois anos para cada. O monitoramento das condições oceânicas é essencial para o estabelecimento de quanto um ano pode se apresentar de forma distinta em relação à pluviosidade, nos anos de ocorrência de El Niño, La Niña e Dipolo Positivo ou Negativo do Atlântico influenciaram na distribuição das chuvas na MSC. Em eventos de El Niño Forte e o Dipolo Positivo os anos tenderam a se apresentarem “Secos” ou “Extremamente Seco” destaca-se 1981, 1982, 1983, 1998, 2012. Já com La Niña Forte e Dipolo Negativo, as chuvas apresentaram situação de anos mais próximo ao Normal, chuvoso ou Extremamente chuvoso, destaca-se os anos de 1985, 1989, 2004, 2020. Conclui-se que é de grande importância estudar essa variabilidade para compreender como a interação do oceano-continente-atmosfera inibem ou favorecem a ocorrência das chuvas nas mesorregiões cearenses.