Impacto dos oceanos Pacífico e Atlântico no clima do Nordeste do Brasil.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2396 |
Resumo: | Analisou-se a influência dos eventos climáticos no Pacífico (El Niño e La Niña) e no Atlântico (gradiente meridional da anomalia da TSM) sobre a precipitação no Nordeste do Brasil (NEB), mais especificamente sobre três sub-regiões climáticas (norte, leste e centro/sul), a partir da análise de compostos e criação de cenários. A análise incluiu dados de precipitação observada (in situ e de satélite), simulada pelo MCGA ARPEGE, além de dados obtidos das reanálises do NCEP. O ARPEGE foi inicializado com duas diferentes configurações da TSM para o período de 1948-1997: a primeira, GOGA, com TSM observadas sobre o oceano global, e a segunda, AOGA, forçada por TSM observadas sobre o Atlântico e TSM climatológicas sobre os dois outros oceanos. O modelo conseguiu representar bem a variabilidade da precipitação nos anos dos eventos, sendo assim os dois tipos de simulações ajudaram a identificar a influência diferenciada entre as condições da TSM do Pacífico e Atlântico sobre a variabilidade da precipitação nas três sub-regiões em estudo. Os resultados obtidos mostraram que em anos de El Niño, se as condições do Atlântico forem desfavoráveis (favoráveis), o impacto sobre as sub-regiões norte e leste são precipitações abaixo (em torno ou acima) da média no período chuvoso. O oposto se verifica em anos de La Niña. As simulações do ARPEGE conseguiram captar esses padrões, ou seja, GOGA reproduziu melhor a precipitação em anos concordantes (anomalias da TSM no Pacífico e Atântico tropical norte com mesmo sinal) e AOGA em anos discordantes, nos quais o sinal são opostos nos dois oceanos acima. A exceção ocorreu na sub-região leste em que a simulação AOGA se apresentou melhor que GOGA, sugerindo que o Atlântico é quem domina a variabilidade da precipitação no leste em anos de La Niña. Para a subregião centro/sul, verificou-se que as simulações não conseguiram reproduzir muito bem a precipitação observada durante os anos de El Niño/La Niña. Contudo, tem-se que os impactos na precipitação nessa região centro/sul são opostos aos que são visualizados sobre o leste e norte. Finalmente, pode-se dizer que o Atlântico é que, provavelmente, determina o comportamento das chuvas nas sub-regiões, talvez não o gradiente meridional daanomaliadaTSM em si, mas as condições do Atântico Tropical Sul. |