Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Renata Emmanuele Assunção |
Orientador(a): |
ARAGÃO, Raquel da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52137
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Resumo: |
Estudos em crianças têm relacionado a obesidade a alterações na mastigação, porém não existem pesquisas que explicam os mecanismos de controle central e periférico envolvidos neste fenômeno. Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho da mastigação em crianças com sobrepeso e obesidade e em ratos com obesidade induzida por supernutrição durante a lactação. Para isto, foi executada uma pesquisa com abordagem translacional. No modelo humano, foi realizado um estudo do tipo descritivo e transversal, com 92 crianças de 7 a 12 anos de idade, de ambos os sexos, de uma escola pública do município de Vitória de Santo Antão - PE, Brasil. As crianças foram divididas em grupos de peso adequado (n=48), sobrepeso (n=26) e obesidade (n=18). Foram avaliados parâmetros antropométricos; consumo alimentar; preferência da consistência alimentar; e desempenho da mastigação. Já no modelo animal, foi realizado um estudo experimental em ratos Wistar. Os ratos foram divididos em dois grupos, sendo um controle (n=24) e um supernutrido (n=24), que foi superalimentado através da redução do tamanho da ninhada neonatal aos 3 dias de vida. Foram avaliados o crescimento somático; consumo alimentar durante a mastigação; desempenho mastigatório; parâmetros bioquímicos; e peso dos músculos masseteres. Os resultados do experimento com crianças mostraram que infantes com obesidade apresentam menor consumo de alimentos in natura (mediana=3, IIQ= 4,00-2,00, p=0,026), maior consumo de alimentos ultraprocessados (mediana=4, IIQ= 4,00- 2,00, p=0,011) realizam menos sequências mastigatórias (mediana=2, IIQ= 3,00- 2,00, p=0,007), e comem mais rapidamente (mediana=58,50, IIQ= 69,00-48,00, p=0,026) do que crianças com peso adequado. Já no experimento com animais, encontramos que ratos com obesidade induzida pela superalimentação durante a lactação apresentam maior peso corporal, a partir do décimo quarto dia de vida (mediana=33,18, IIQ=34,73-30,92. p<0,001), maior peso relativo das gorduras inguinal (média± dp= 0,833±0,17, p<0,001) e retroperitoneal (média± dp= 0,103 ± 0,05, p=0,032), maior consumo alimentar durante a mastigação aos 22 dias de vida (mediana= 0,665, IIQ= 0,825-0,490, p=0,018), realizam menor número de sequências mastigatórias (mediana= 4,50, IIQ= 0,50-10,00, p=0,045) e menos ciclos mastigatórios (mediana= 23,50, IIQ= 2,00-61,25, p=0,000) aos 22 dias de vida pós- natal, e, aos 30 dias de vida, apresentam uma menor taxa mastigatória (mediana= 0,33, IIQ= 0,30-0,38, p=0,020) comparados aos animais controle. A partir dos nossos achados, concluímos que crianças obesas e ratos com obesidade induzida por supernutrição durante a lactação apresentam alterações no desempenho da mastigação. |