Acesso e permanência no ensino superior: uma análise para as universidades federais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: COSTA, Fabiana Pereira
Orientador(a): ROCHA, Enivaldo Carvalho da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Politicas Publicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31802
Resumo: Para analisar os fatores que estão relacionados ao acesso e à permanência de estudantes nas universidades federais brasileiras foram desenvolvidos dois artigos. O primeiro investiga se há indícios de que a Lei nº 12.711/2012 alterou o perfil do ingressante nas universidades federais brasileiras, bem como o desempenho de alunos elegíveis às cotas no Exame Nacional do Ensino Médio. A partir dos microdados do ENEM (2010 e 2014) foi utilizada estatística descritiva para traçar o perfil do provável ingressante e um modelo de regressão linear para comparar o desempenho de alunos elegíveis e não elegíveis às cotas antes e após a implementação da lei. Os resultados apontam que não houve alteração significativa para os grupos entre os dois períodos analisados. Identificamos também que a Lei de Cotas promoveu maior inclusão social ao ampliar a participação de alunos de escola pública, negros e pardos, e de baixa renda no grupo de prováveis ingressantes em 2014. Além disso, os resultados apontam que a política baseada no critério raça é mais inclusiva do que aquelas baseadas apenas na renda. O segundo artigo analisa a evasão nas universidades federais brasileiras entre 2011 e 2016. Metodologicamente foram utilizados os microdados do Censo da Educação Superior com o emprego de técnicas de Análise de sobrevivência. Tais métodos permitiram o acompanhamento longitudinal do aluno durante o período. Inicialmente foi empregado o método de Kaplan-Meier para traçar o perfil do aluno evadido. Em seguida uma Regressão de Cox para identificar quais variáveis estão relacionadas à evasão. Os resultados apontam que 41,2% dos ingressantes de 2011 havia evadido do curso até 2016, sendo essa evasão maior entre: homens, pretos, cursos do interior, licenciatura, turno da noite, não beneficiários de apoio social e alunos que não realizam atividades de pesquisa e extensão. Esta pesquisa contribui com a literatura em políticas públicas educacionais ao traçar tanto o perfil do aluno que acessa a universidade através da Lei de cotas, quanto o perfil do aluno que evade das universidades federais brasileiras.