Os Canela-Ramkokamekrá, sentidos e mediação através das relações com seus objetos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BARROS, Nilvânia Mirelly Amorim de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32465
Resumo: Esta tese observa a produção da cultura material e imaterial dos Canela Ramkokamekrá diante de um processo de mercantilização, ao ser utilizada como ferramenta para esse povo indígena estabelecer ligações e parcerias com os seus “outros”, como pesquisadores e instituições museais. Como metodologia, a pesquisa partiu do estudo de um conjunto de “coisas” dos índios Canela Ramkokamekrá coletadas por Curt Nimuendajú na primeira metade do século XX, que se encontram na Coleção Carlos Estevão no Museu do Estado de Pernambuco, e da produção atual de trançados e miçangas dos Canela Ramkokamekrá. Nesse caminho, museus se mostraram como mercados, por possibilitarem uma vitrine da cultura indígena, assim como compradores e promotores de cenários propícios para a valorização e venda da produção cultural indígena. Aqui não se optou pela perspectiva patrimonial ou simbólica para olhar os objetos etnográficos, ao contrário, estes foram vistos como meio metodológico privilegiado, pois tais objetos são percebidos como mediadores de relações sociais e vínculos econômicos, a partir dos quais se apresentam como uma possibilidade de compreender melhor as interações dos Canela Ramkokamekrá com os não-indígenas.