“Eu sou o gavião e peguei a minha caça”. O ritual Pepcahàc dos Ràmkôkamẽkra/Canela e seus cantos
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6878 |
Resumo: | Esta tese tem como ponto principal a etnografia do ritual Pepcahàc dos Ràmkôkamẽkra/Canela, povo Jê do Brasil Central, e seus cantos. Considerado como “Festa de Gavião”, este é um ritual que trata da iniciação e formação masculina e tem como um dos pontos principais a formação de corpos e pessoas preparados para enfrentar a vida adulta com a força da onça e a fortaleza da pedra. Construir pessoas e corpos é viver momentos de liminaridade, junto aos espíritos e a outros seres, os quais podem ser “Outros”, mas que em determinados momentos podem ser “Nós”, especialmente no compartilhamento de poderes para a sustentação de todos os seres. E uma das maneiras de sustentar esses corpos é através dos cantos os quais possibilitam a interação com tais forças, mas também a alegria necessária para manter e reproduzir vidas. Parte-se do ritual do Pepcahàc para descrever o universo músico-ritual dos Ràmkôkamẽkra/Canela e suas classificações que se constitui numa teia densa de sistemas cancionais, instrumentos musicais, adornos, performances, pinturas corporais, resguardos, relações de parentesco e amizades formais essenciais para a constituição do sujeito e do coletivo desses povos. Com a análise dos conjuntos cancionais presentes no repertório do sistema cancional do Pepcahàc, torna-se possível compreender toda a riqueza musical desse sistema que tem, como um de seus objetivos maiores, construir sujeitos resistentes e fortalecer o coletivo, renovando e reforçando as estratégias utilizadas também para a convivência entre os diferentes povos reunidos na aldeia Escalvado. |