Capacidade funcional de idosos longevos assistidos pela estratégia saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MENDONÇA, Sarah de Souza
Orientador(a): MARQUES, Ana Paula de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18553
Resumo: O aumento da expectativa de vida vivenciado mundialmente levou ao crescimento expressivo do contingente de idosos longevos (80 anos ou mais). Contudo, presume-se que esse ganho de anos adicionais de vida virá, num futuro próximo, acompanhado de um elevado montante de idosos dependentes e fragilizados. Diante desse cenário, a capacidade funcional surge como novo paradigma na atenção à saúde da pessoa idosa, preconizando uma assistência focada na manutenção da autonomia e independência funcional. Esta dissertação se propõe a avaliar a capacidade funcional de idosos longevos e identificar seus fatores associados e para isso, dois artigos foram produzidos. O primeiro, uma revisão integrativa da literatura, identificou os fatores que influenciam a capacidade funcional nessa população. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE, IBECS e BDENF, resultando numa amostra final de 12 artigos que evidenciaram que as condições socioeconômicas, demográficas, clínicas e comportamentais influenciam de sobremaneira a capacidade funcional de longevos, constatando sua natureza multidimensional. O segundo artigo, um estudo quantitativo transversal, avaliou a capacidade funcional de 172 idosos longevos assistidos pela Estratégia Saúde da Família do Recife/PE a partir do Índice de Barthel. As variáveis independentes foram obtidas a partir dos dados sociodemográficos, econômicos e clínicos. A associação entre a capacidade funcional e as variáveis independentes foi verificada mediante teste qui-quadrado de Pearson e a análise multivariada por meio de uma árvore de decisão, utilizando o algoritmo Exhaustive CHAID. A prevalência de dependência funcional foi estimada em 78,5% dos longevos, contribuíram para a dependência funcional na análise bivariada: faixa etária (p=0,020), comprometimento cognitivo (p=0,008), situação nutricional (p<0,001), doenças neurológicas (p<0,001), sintomatologia depressiva (p<0,001), saúde autopercebida (p<0,001) e rede de apoio social (p=0,032), permanecendo na análise multivariada faixa etária (p=0,049), autoavaliação negativa da saúde (p=0,000) e sintomatologia depressiva (p=0,003). A avaliação da capacidade funcional representa um importante indicador das condições de vida e de saúde da pessoa idosa, devendo ser utilizada pela atenção primária à saúde na identificação dos fatores que levam à dependência funcional, subsidiando o planejamento de ações que promovam o envelhecimento ativo e saudável.