Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Luciana Pereira da |
Orientador(a): |
GOMES, Isaltina Maria de Azevedo Mello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36733
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo investigar em quais formações discursivas se inscreveram os discursos jornalísticos e sob quais formações ideológicas estão determinados ao enunciarem sobre o Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). A construção e o funcionamento do empreendimento geraram impactos ambientais significativos para o local e para a população dos municípios do entorno do empreendimento. Partimos da seguinte indagação: como os impactos ambientais do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) produziram efeitos de sentido no discurso da mídia impressa pernambucana? Fundamentando-nos nesse problema de pesquisa, formulamos a seguinte hipótese: as condições de produção do discurso sobre o Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), a partir das formações ideológicas e formações discursivas silenciaram na mídia pernambucana os impactos ambientais produzidos pelo empreendimento. Como aporte teórico-metodológico mobilizamos os conceitos da Análise do discurso (AD), na perspectiva de seu fundador Michel Pêcheux. Para a AD o discurso mantém uma relação intrínseca entre língua e história além de compreender os sujeitos como sócio-históricos e ideológicos. O corpus foi constituído por notícias publicadas nos jornais: Jornal da Cidade, Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio, do ano de 1975 e no período 2007 e 2014. Esses períodos foram selecionados por representarem marcos na história do Complexo. No ano de 1975, os discursos sobre o Complexo rompem o silenciamento com a publicação do “Manifesto Suape” e no período seguinte, há o lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As análises sugerem que a partir das condições de produção do discurso sobre o CIPS deriva a Formação Ideológica Capitalista-Industrialista e esta projeta a Formação Discursiva desenvolvimentista-redentora na qual os jornalistas ancoram os discursos e enunciam sobre o CIPS, projetando efeitos de sentidos para o leitor sobre o empreendimento. Constatamos que um dos efeitos de sentido, é o silenciamento dos impactos ambientais e socioambientais gerados pelo Complexo. |