Possibilidades e limites de inserção do assentamento Amaraji na atividade turística do município de Rio Formoso - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pinheiro Viegas, Luciana
Orientador(a): Santiago Fragoso Selva, Vanice
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6884
Resumo: O turismo tem se mostrado uma atividade de relevante interesse econômico, social, governamental e industrial devido à quantidade de pessoas que viajam, ao número de empregos gerados direto e indiretamente e até mesmo à receita que a atividade gera em um determinado destino. Devido à rápida e mal planejada expansão da atividade turística, como vem acontecendo em muitas localidades, esta não tem gerado benefícios às populações das localidades onde ocorrem e não têm sido distribuídos de maneira justa, como acontece no espaço rural do Município de Rio Formoso-PE, onde se instalaram hotéis em propriedade que foi desapropriada para a instalação de assentamento rural, como é o caso do Assentamento Amaraji. Percebe-se aí, uma expansão do turismo através da construção de hotéis sem que a participação dos assentados seja contemplada. A partir disso é que se propõe, como objetivo principal desta pesquisa, analisar as possibilidades e limites de inserção do Assentamento Amaraji na atividade turística do Município de Rio Formoso - PE. Buscando alcançá-lo, as discussões aconteceram em torno da dinâmica espacial da Zona da Mata Pernambucana, de uma análise da produção do espaço turístico do Município, da atual participação do Assentamento na atividade e quais seriam suas possibilidades e limites para se inserir no turismo municipal. Para que fosse viabilizada essa pesquisa de maneira mais objetiva e mais próxima da realidade, a mesma foi realizada em dois momentos: no primeiro, com uma pesquisa bibliográfica buscando um maior embasamento teórico sobre o tema e, no segundo momento, a pesquisa de campo, através da realização de entrevistas com assentados e representantes do poder público e privado local e uma oficina com a participação dos assentados num contexto de pesquisa-ação. Os resultados finais apontam para a confirmação da hipótese de que o turismo desenvolvido no Assentamento Amaraji está excluindo os agricultores familiares assentados da atividade turística, e, aqueles que trabalham direta ou indiretamente no turismo parecem vivenciar uma relação de trabalho que muito se assemelha àquela da época dos engenhos de cana-de-açúcar, numa relação de exploração da mão-de-obra contratada