Avaliação do perfil de estabilidade do misoprostol, caracterização de seus produtos de degradação e avaliação de permeação vaginal in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, José Wellithom Viturino da
Orientador(a): BEDOR, Danilo César Galindo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53483
Resumo: O misoprostol (MSP) é um análogo sintético da prostaglandina E1 e foi inicialmente utilizado na prevenção de úlceras gástricas induzidas por anti-inflamatórios não esteroidais. No Brasil, o MSP está disponível na forma de comprimido vaginal e tem uso bem estabelecido, apesar de vários autores discutirem problemas biofarmacêuticos para a via de administração vaginal e também relacionados a estabilidade destas formulações. Assim, este trabalho teve como objetivo realizar estudo de degradação forçada do MSP IFA, comprimidos e seu respectivo placebo, seguindo diretrizes nacionais e internacionais para condução dos testes e validação da metodologia que utilizou como técnica de quantificação a CLAE. O método foi aplicado em estudos de cinética de degradação e de permeação vaginal in vitro utilizando mucosa vaginal suína. Além disso, foi desenvolvido método LC-MS/TOF que foi utilizado como ferramenta na identificação dos produtos de degradação gerados. As amostras de IFA apresentaram degradação em todas as condições de estresse avaliadas, especialmente nas condições de acidez e alcalinidade. As amostras de comprimido apresentaram degradação em todas as condições de estresse, exceto no calor úmido. O método indicativo de estabilidade apresentou seletividade, linearidade, precisão e exatidão de acordo com a RDC 166 de 2017. As cinéticas de degradação revelaram modelos cinéticos com valores de coeficiente de correlação pouco distintos. A permeação in vitro trouxe como principal achado a informação de que o MSP em sua forma esterificada não foi capaz de permear a mucosa e que passa por um prévio processo de degradação para que seja detectado algum componente no líquido receptor. O espectro de massas do MSP obtivo por ESI em modo positivo evidenciou a formação de aduto de sódio [M+ Na] + e sinal de m/z 405.2612 como pico base. Foram identificados também como produtos de degradação (PD) as formas A e B do MSP, bem como o 12 e o 8 EPI MSP. Além disso, foram encontrados PDs ainda não descritos na literatura. Dessa forma foi possível conhecer melhor os aspectos envolvidos na estabilidade e decaimento do teor do MSP, propor estruturas para os produtos de degradação gerados, além de aspectos relacionados ao processo de passagem deste fármaco em meio vaginal.