Associativismo e docência no Recife : estratégias de atuação sociopolítica de trabalhadores docentes entre os anos de 1872-1915
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40183 |
Resumo: | Ao longo do século XIX várias associações de trabalhadores inauguraram suas atividades na cidade do Recife. Das associações em funcionamento entre 1872 a 1915, elencamos investigar quatro delas: Associação dos Empregados no Comércio de Pernambuco, Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais, Sociedade Propagadora da Instrução Pública e Grêmio dos Professores Primários. Consideramos o associativismo uma experiência coletiva entre sujeitos em prol de si e dos seus, na qual a instrução emergiu como estratégia de atuação sociopolítica, e a análise dessa experiência é o objetivo principal de nosso trabalho. Trabalhamos, presencial e virtualmente, com relatórios e estatutos dessas associações, anúncios de jornais, discussões de projeto de leis e legislações referentes à instrução pública, diversos relatórios dos presidentes da província e governadores do estado naquele período, bem como com fotografias. Elencamos o conceito de “experiência” como norteador teórico do nosso trabalho e interpretamos a tessitura social, por meio do entrecruzamento de três autores distintos, a saber: Edward P. Thompson (1987; 1981), Michel Foucault (2014a; 2014b; 2015) e Michel de Certeau (2011). Quanto às escolhas do “como será dito”, elegemos a “descrição densa”, de Clifford Geertz (2012), e o “comparativismo construtivo”, de Marcel Detienne (2004). Defendemos que os trabalhadores de ofícios artífices, comerciais e docentes, ao se associarem, constituíram uma camada “superior” em relação aos demais trabalhadores, por meio de suas ações em prol da instrução de si e dos seus, ou seja, houve o “fazer-se” de uma aristocracia operária (HOBSBAWM, 2015) e uma aristocracia docente. Defendemos também, com base nos processos experienciados na instrução pública durante o “longo século XIX” (HOBSBAWM, 1995), o escolanovismo como um ponto de chegada de um longo processo e não um ponto de partida primordialmente “inovador” quanto às práticas de educabilidade dos períodos do Império e da Primeira República. |