Prevalência e fatores associados à fragilidade em idosos de uma comunidade do Recife
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Gerontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29821 |
Resumo: | A prevalência da fragilidade aumenta proporcionalmente com o avançar da idade. Trata-se de um estado clínico no qual o indivíduo apresenta redução da força, resistência e função fisiológica, tornando-se mais vulnerável ao declínio funcional, à dependência e/ou ao óbito quando exposto a um estressor. Na atenção básica é possível rastreá-la, prevenir e até mesmo reverter caso seja manejada adequadamente. Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar a prevalência da fragilidade em idosos assistidos na atenção básica de uma comunidade do Recife e os fatores associados. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e de corte transversal, desenvolvida em cinco unidades de saúde da família da microrregião 4.1 do município, com amostra composta por 179 pessoas. A variável dependente correspondeu à fragilidade, a qual foi mensurada por meio do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional. As variáveis independentes foram as sociodemográficas, capacidade cognitiva, nível de atividade física e risco nutricional. A prevalência de fragilidade encontrada foi de 12,9%. As pessoas mais acometidas foram pessoas idosas do sexo feminino, da cor branca, com idade de 81 a 90 anos, que não possui companheiro, mora com 5 ou mais pessoas, não possui escolaridade e acumula aposentadoria e pensão. O teste de independência foi significativo nos fatores: sexo (p-valor = 0,025), idade (p-valor < 0,001) e situação previdenciária (p-valor = 0,017). Com relação às condições de saúde, o teste de independência foi significativo (p-valor < 0,001) em idosos com capacidade cognitiva comprometida, classificados como sedentários pelo Questionário Internacional de Atividade Física e desnutridos segundo a Mini Avaliação Nutricional. Dentre as variáveis avaliadas, de acordo com o ajuste do modelo de Poisson para a fragilidade, as que apresentaram influência conjunta significativa para a fragilidade foram a idade (entre 70 e 79 anos: odds ratio = 8,88; acima de 80 anos: odds ratio = 9,69) e a avaliação nutricional (em risco de desnutrição: odds ratio = 2,83; desnutrido: OR = 5,48). Tais dados evidenciam a possibilidade de rastreio e manejo de alguns fatores associados à fragilidade na atenção básica, prevenindo a ocorrência desse estado clínico, ou proporcionando até mesmo sua reversão. |