Cobertura comestível de quistosana-frutose: impacto na qualidade pós-colheita de acerola (Malpighia emarginata D.C.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ARAÚJO, Lorena Carolina Santana de
Orientador(a): STAMFORD, Thayza Christina Montenegro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33728
Resumo: A acerola é uma fruta de significativa importância econômica e nutricional, principalmente, pelo seu alto teor de vitamina C, porém é bastante perecível e susceptível a deterioração microbiana. O uso de coberturas comestíveis a base de gel de quitosana (QTS) tem sido estudado na conservação de frutas, devido a sua ação antimicrobiana e baixa toxicidade. Essas propriedades podem ser potencializadas quando a quitosana é modificada quimicamente. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar a ação antioxidante, antibacteriana e a toxicidade da cobertura comestível de quitosana/frutose (QTS-F) obtida por reação de Maillard e sua ação na preservação de acerolas. A atividade antioxidante foi analisada pela capacidade de sequestro do radical livre DPPH e ABTS e através do teste do poder antioxidante de redução do ferro (FRAP). O teste de microdiluição foi utilizado para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) da QTS-F frente a bactérias patogênicas de origem alimentar. O efeito citotóxico das coberturas preparadas foi avaliado (in vitro) através do método HET-CAM e pelo ensaio do MTT. Os frutos foram divididos em 4 grupos: controle negativo (sem tratamento), controle positivo (recoberto com glicerol), e os outros dois grupos foram cada um imerso por 3 minutos no gel de QTS e na QTS-F. Foram avaliados os aspectos físico-químicos e a contaminação visível das acerolas (com e sem coberturas) durante o armazenamento em temperatura ambiente (25ºC – 4 dias) e refrigerada (12ºC - 12 dias). A cobertura de QTS-F apresentou atividade antioxidante superior a quitosana pura, com ação antibacteriana potencializada, principalmente para bactérias Gram-positivas, sem apresentar efeitos citotóxicos, sendo eficaz no retardo da deterioração microbiana e da perda de massa nas acerolas em ambas as temperaturas de armazenamento. Os resultados indicaram que a cobertura de QTS-F pode ser uma estratégia promissora para melhorar a qualidade pós-colheita e aumentar a vida útil da acerola.