Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Daniela Neves de |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Edelweiss Falcão de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9927
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Resumo: |
O objeto deste trabalho constitui-se no estudo das modalidades de trabalho, em especial as cooperativas, desenvolvidas no capitalismo contemporâneo sob o paradigma da flexibilização e organizadas sob o comando do capital. Assim, o debate atual sobre as transformações em curso, no desenvolvimento da sociedade capitalista, aponta mudanças estruturais na dinâmica de realização dos contrários capital e trabalho. Esse debate, por sua vez, assume contornos mistificados na medida em que hipoteca a tese de que a reestruturação produtiva em desenvolvimento elimina a centralidade do trabalho na dinâmica da vida social e econômica. Segundo essa tese, o capitalismo teria assumido expressão absoluta de tal magnitude que se autonomizaria frente ao elemento gerador da riqueza, o trabalho, e assim, teria posto por terra a teoria do valor de Marx e grande parte do universo categorial arquitetado neste ínterim. Nestes termos, propaga-se a idéia de que com a reestruturação produtiva pautada esta na flexibilização e fragmentação da produção e do processo de trabalho a cooperação do trabalho como fundamento do processo de valorização do capital e o trabalhador coletivo deixariam de existir e articular as teias combinadas de valorização do valor. Nossa pesquisa, em contraposição a essa tese, demarca que as transformações do capital e do trabalho na atualidade são conseqüências do movimento interno da dinâmica capitalista voltada a superar crises e revolucionar constantemente o modo de produção na busca intermitente de patamares superiores de acumulação. Assim, entendemos que a atual reestruturação da produção direcionase a reorganizar os processos produtivos descentralizados das grandes fábricas e abrigá-los em modalidades renovadas de trabalho, sendo que, nesta pesquisa, damos ênfase às cooperativas de trabalho sob o comando do capital, por entender que as mesmas refletem parte deste movimento. Portanto, se comprovada esta perspectiva, as modalidades de trabalho, em particular as cooperativas, configuram-se como formas atualizadas do capital colocar sob seu domínio trabalhadores e força de trabalho que alimentam de mais valor o processo de acumulação e recria, em novas dimensões, um novo trabalhador coletivo a serviço da dinâmica sempre em expansão do capitalismo |