Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
FEITOSA JÚNIOR, Wilson de Barros |
Orientador(a): |
RIBEIRO, Ana Rita Sá Carneiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42322
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Resumo: |
O jardineiro nasce com o jardim e vice-versa. A trajetória do personagem jardineiro caminha desde sua associação com a natureza primária, em um estado de transição entre agricultor e jardineiro no qual aparece como figura corriqueira e cotidiana até sua apresentação em polos distintos. O primeiro, o jardineiro-criador, é dotado de certa erudição e prestígio, seja pelo co- nhecimento oral ou acadêmico, enquanto o jardineiro-mantenedor ocupa o trabalho de caráter braçal, muitas vezes materializado na figura do escravizado ou ex-escravizado. Com o tempo o primeiro começa a perder sua vinculação com o título de jardineiro até se consolidar de fato como arquiteto paisagista; já o segundo, relegado como profissão inferior, justamente por ser mais das mãos que da mente, passa por um processo de marginalização. O jardim histórico, resultado de um reconhecimento na esfera do patrimônio acaba sofrendo mais gravemente sua ausência pela necessidade específica de conservação. O objetivo deste trabalho é evidenciar a condição de artífice do jardineiro na conservação do jardim histórico de forma a explicitar sua relevância patrimonial. Para isso, a pesquisa situou o jardineiro na dimensão artística do jardim, enquadrando seu papel como artífice ao lado do paisagista que ganha reconhecimento isolado. A partir das categorias habilidade, comprometimento e juízo, abordadas por Richard Sennett, constrói-se o perfil do saber jardineiro, solidificando o arquétipo do jardineiro artífice a partir dos escritos de tratados e manuais de agricultura e jardinagem na Europa e Brasil. Trata-se de abordar a prática do jardineiro na história e no contexto patrimonial brasileiro e pontuar a falta de reconhecimento em comparação a outros artífices patrimoniais, o que difere de países como França, Itália e Japão. Por fim, partindo da análise de entrevistas com técnicos e jardineiros do Sítio Roberto Burle Marx, atesta-se a equivalência destes últimos ao jardineiro artífice para a conservação do jardim histórico, cujo saber está ameaçado de não ser perpetuado. Defende-se aqui a possibilidade de reconhecimento de seu ofício e saber como patrimônio imaterial. |